Iniciada às 11h desta terça-feira (11), a sessão que votará a proposta da reforma trabalhista no Senado federal já foi marcada por muita confusão. Com os parlamentares da oposição discursando e pedindo direito à palavra para discutir a proposta, que será votada do mesmo jeito que chegou da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa Eunício Oliveira (PMDB-CE) cortou os microfones do plenário e apagou as luzes, como forma de acalmar os ânimos dos presentes. A sessão foi suspensa.
Com a promessa de abrir as galerias para que populares acompanhem a votação, Eunício pediu calma aos senadores, que em grande maioria são da oposição. Como muitos estavam ocupando a Mesa Diretora, local onde fica o presidente do Senado, foi preciso que o peemedebista apagasse as luzes do plenário.
Por volta do meio-dia, o plenário já contava com 46 senadores presentes e a reforma já podia ser votada, mas o tumulto causado pelo protesto de oposicionistas impediu o prosseguimento da sessão. Ao anunciar a suspensão, Eunício recebeu apoio de senadores governistas e reação negativa dos parlamentares da oposição.
Os senadores votam nesta tarde a proposta da reforma trabalhista, que muda regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Para sanção do Presidente, é preciso apenas 41 votos do total de 81 senadores.