A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (3) a 43ª fase da Operação Lava Jato. Foram cumpridos mandados de prisão, sendo um em Pernambuco e nove no Rio de Janeiro.
Além dos mandados de prisão, também foi emitido um de condução coercitiva - quando alguém é levado para depor, em São Paulo. Esta fase da operação foi batizada de Rio 40 graus.
O mandado em Pernambuco foi cumprido na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O alvo é o genro do ex-deputado federal Pedro Corrêa, já condenado na operação. Laudo Aparecido Dalla Costa Ziani está sendo investigado, por desvio de dinheiro público e pagamento de propina na construção da Transcarioca, no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, o alvo de uns dos mandados foi o ex-secretário municipal de obras do Rio nas duas gestões do ex-prefeito Eduardo Paes, Alexandre Pinto. Ele foi preso por agentes da PF em casa, na Taquara, na Zona Oeste do Rio, em um condomínio de luxo.
A investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Rio, mira fraudes praticadas na gestão municipal nesta nova fase da operação. No dia 25 de julho, o Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou por mais seis meses a atuação dos procuradores da Lava Jato no Rio. A medida começou a valer a partir de 9 de junho deste ano.
Os procuradores vão continuar se dedicando exclusivamente às investigações sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Lava Jato, no Rio, já havia se debruçado sobre desvios na Eletronuclear e na administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
Na semana passada, a 42ª fase da Lava Jato foi deflagrada e também teve atuação em Pernambuco. Dois publicitários foram presos, são eles: André Gustavo Vieira da Silva e o irmão dele, Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, ligados à empresa Arcos Comunicação.
A operação teve como alvo principal o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, investigado pelo recebimento de propina em esquema com o Grupo Odebrecht. Ele também foi preso. Os irmãos Vieira seriam operadores financeiros do recebimento de R$ 3 milhões, que só parou com a prisão de Marcelo Odebrecht, em junho de 2015. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Recife e em Ipojuca.
Também foram cumpridos mandados de prisão no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.