Aécio não explica erros do PSDB, mas partido defende autocrítica

O senador não quis comentar a propaganda do partido veiculada na terça-feira (8)
Agência Brasil
Publicado em 09/08/2017 às 15:42
O senador não quis comentar a propaganda do partido veiculada na terça-feira (8) Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Ao participar da reunião da Executiva Nacional do PSDB nesta quarta-feira (9), em Brasília, o presidente licenciado da legenda, senador Aécio Neves (MG), não quis comentar a propaganda do PSDB veiculada nessa terça-feira (8) em rádios e TVs. Nela, o partido diz que os tucanos erraram, sem dar detalhes sobre os erros. “O PSDB errou e tem que fazer uma autocrítica. Não adianta pedir desculpas”, diz o final da propaganda partidária.

Questionado sobre quais seriam os erros, Aécio disse acreditar que se trata de uma tentativa de reconexão do partido com a sociedade e que não participou da elaboração do programa.

Eleições

A reunião da Executiva do PSDB discutiu a convocação de um congresso e de convenções partidárias para as eleições de 2018. Os tucanos preparam uma atualização do programa e do estatuto do partido. Segundo Aécio, a expectativa é de que a agremiação tenha consenso sobre um nome de pré-candidato à Presidência da República na eleição do ano que vem. Caso isso ocorra, o nome será divulgado em dezembro.

"Em havendo mais de um nome colocado por setores expressivos do partido, nós decidiremos nas prévias, em fevereiro ou março, para, aí sim, definir de forma objetiva e definitiva qual o nome o PSDB lançará à Presidência da República", adiantou.

Apoio a Temer

Sobre a discussão em torno de um possível desembarque da legenda do governo Michel Temer, Aécio disse que esta uma questão "superada" para os tucanos. “Essa questão, a meu ver, está superada. Essa não é a pauta do PSDB hoje”, afirmou.

O senador mineiro admitiu, no entanto, que em relação a Temer existem divergências, que considera naturais. “Se vocês voltarem um pouco no tempo, até para que o PSDB participasse do governo, havia divergência. Eu próprio defendia a posição inicial de uma não participação e de apoio às reformas”, minimizou.

“ O nosso entendimento é de que essa discussão está superada, enquanto o presidente da República achar necessário contar com os quadros do PSDB ele terá liberdade para fazê-lo; no momento em que achar diferente, o PSDB respeitará isso e não mudará a sua postura de compromisso total e unitário de todas as suas bancadas, na Câmara e no Senado, com essas reformas”, garantiu Aécio.

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