Os ministros da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, nesta terça-feira (15), suspender a sessão que poderia tornar o ex-presidente da república Fernando Collor (PTC-AL) réu em suposto esquema de propinas na Lava Jato. Collor foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente pela suspeita de ter recebido mais de R$ 30 milhões em propina oriunda da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Collor é acusado, junto com a mulher Caroline Serejo, o ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e outras cinco pessoas pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o relatório de procurador-geral da República, Collor, junto com Pedro Paulo Bergamaschi, aceitou e recebeu vantagem de R$ 1 milhão para viabilizar contrato de programa de milhagens e fidelização da BR Distribuidora. A Defesa de político pediu a rejeição da denúncia da PGR por falhas técnicas na acusação.
No dia 24 de abril de 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu absolver Fernando Collor de Mello do crime de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e corrupção passiva por falta de provas. A acusação é da época em que ele foi presidente da República, entre 1990 e 1992.
O caso será retomado na próxima terça-feira (22), já com o início da votação dos ministros.