Lindbergh: criação da TLP é 'loucura' e reduzirá chance de recuperação

O senador petista lembrou que os empresários são, na maioria, contrários à criação da TLP, que balizará empréstimos do BNDES a partir do ano que vem
AFP
Publicado em 23/08/2017 às 13:10
O senador petista lembrou que os empresários são, na maioria, contrários à criação da TLP, que balizará empréstimos do BNDES a partir do ano que vem Foto: Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado


Presidente da comissão que analisa a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu a palavra para participar da discussão sobre a medida. O petista voltou a criticar a proposta, que, segundo ele, vai reduzir o potencial de recuperação de investimentos. "Isso daqui não tem outro nome senão loucura. No meio de uma recessão como essa... até aceito discutir isso quando o País estiver crescendo", afirmou Lindbergh.

O senador petista lembrou que os empresários são, na maioria, contrários à criação da TLP, que balizará empréstimos do BNDES a partir do ano que vem. Segundo ele, há o risco de haver um "apagão" de crédito no Brasil devido ao encarecimento do custo dos financiamentos.

Diversos parlamentares lembraram as críticas do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, à proposta. No início de julho, em entrevista ao Broadcast, Rabello afirmou que a nova TLP, por acompanhar os juros das NTN-B de cinco anos, títulos públicos atrelados à inflação, se transformaria em uma taxa mais "nervosa" do que a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada pelo governo a cada três meses. Isso, segundo o presidente do BNDES, seria prejudicial às empresas.

BNDES

As afirmações de Rabello à época despertaram irritação na área econômica, e o presidente do BNDES depois assinou uma nota conjunta demonstrando apoio à medida.

"O presidente do BNDES é contra. Deve ser por isso que ficam aqui do meu lado (parlamentares) dizendo que ele vai ser demitido. Os únicos bons que tem no governo querem demitir", afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Diversos parlamentares governistas abriram mão de participar da discussão para dar celeridade à votação.

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