Em novo decreto, o presidente Michel Temer detalhou sobre a extinção da Reserva Nacional de Cobre e associados (Renca), na Amazônia, que permite a exploração mineral na região. O novo, de número 9.147/17, conta agora com dez artigos, enquanto o anterior, divulgado na terça-feira da última semana, tinha apenas quatro.
O texto ratifica que nas localidades onde não existe outro tipo de preservação, áreas de conservação da natureza ou demarcações indígenas, a mineração poderá ser explorada, com algumas restrições.
De acordo com os ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB), e do Meio Ambiente, José Sarney Filho (PV), o novo texto vem para 'clarificar' a medida adotada pelo governo.
Publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o decreto assinado por Temer e Coelho Filho estabelece que a exploração siga 'a correta destinação e o uso sustentável da área'.
Nos locais onde existam unidade de conservação ou terra indígena, fica proibida a pesquisa e exploração mineral.
Representantes da Casa Civil, dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente e Justiça formaram um comitê de acompanhamento da região explorada. O Gabinete de Segurança Institucional e da Agência Nacional de Mineração também terão participação.
Temer ainda convidou os governos do Amapá e do Pará a indicarem um participante e determinou que o representante da Justiça seja um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai).