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Temer pede suspensão de nova denúncia até que STF julgue suspeição de Janot

Com o fim do mandato do PGR, no próximo dia 17, a expectativa é de que ainda esta semana nova denúncia seja apresentada contra o presidente
JC Online
Publicado em 03/09/2017 às 15:27
Com o fim do mandato do PGR, no próximo dia 17, a expectativa é de que ainda esta semana nova denúncia seja apresentada contra o presidente Foto: Foto: AFP


A defesa do presidente Michel Temer recorreu ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão monocromática do ministro Luiz Edson Fachin, que contrariou o primeiro pedido do peemedebista para afastamento do procurador-geral da República Rodrigo Janot das investigações que envolvem o presidente. Com um Agravo Regimental, o político se disse "inconformado" e alegou que as prerrogativas de autonomia e independência do Ministério Público não garantem e autorizam Janot a sair "atirando flechas" contra ele. Com o pedido, Temer também assegura a possibilidade de uma possível nova denúncia ser suspensa até que o plenário decida se o procurador é ou não é suspeito para conduzir as investigações.

O pedido de Temer vem a poucos dias da possível apresentação de segunda denúncia contra ele por parte da PGR. Rejeitada pela Câmara dos Deputados, a primeira denúncia, por corrupção passiva foi apresentada por Janot no dia 26 de junho.

Com o fim do mandato do PGR, no próximo dia 17, a expectativa é de que ainda esta semana, com a homologação do acordo de delação premiada de Lúcio Funaro, operador do PMDB, Temer seja arrolado em novos apontamentos sobre obstrução à justiça. Vazamentos do acordo de Funaro com o MP dão conta de que o doleiro confirmou o recebimento de dinheiro do dono da JBS, Joesley Batista, para se manter em silêncio enquanto preso.

Suspeição de Janot

No dia 8 de agosto, os advogados de Temer pediram a suspeição de Janot sob alegação de que ele era suspeito para atuar contra o presidente por agir de forma pessoal. Para justificar o pedido, a defesa do presidente apontou declarações de Janot como provas do comprometimento pessoal dele na investigação. Segundo Mariz de Oliveira, o fato do pgr ter dito que “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, referente à denúncia contra o peemedebista, bem como o fatiamento das acusações contra o presidente, são fatos relevantes sobre a conduta de Janot.

No recurso, a defesa pede que o ministro reconsidere a decisão ou leve o caso para discussão do plenário do Supremo.

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