Meirelles: se reforma não for aprovada este ano, governo tentará no próximo

Governo não deve desistir de aprovar reforma da Previdência mesmo com falta de apoio no Congresso
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/10/2017 às 9:37
Governo não deve desistir de aprovar reforma da Previdência mesmo com falta de apoio no Congresso Foto: Foto: ABr


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira, 30, que, se a PEC da Previdência não for votada em 2017, o governo insistirá em defender a apreciação do projeto em 2018. Meirelles afirmou, entretanto, que o governo acredita ser possível a aprovação da Reforma da Previdência ainda este ano.

"Se a Reforma da Previdência não for votada este ano, tentaremos no próximo. E se a reforma não for aprovada em 2018, devido ao período eleitoral, ela será o primeiro desafio do governo eleito para 2019. Por isso seria importante fazermos a reforma logo porque ela é necessária para o País", afirmou, após entrevista de rádio na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

Questionado sobre a possibilidade de aprovação de uma reforma constitucional após o resultado da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, Meirelles desvinculou as votações. "A denúncia contra o presidente era uma coisa e a Previdência é outra completamente diferente. O parlamentar que votou de um jeito agora pode votar de outro", afirmou.

Texto da comissão especial

Meirelles defendeu o texto aprovado na comissão especial da reforma e está no plenário da Câmara dos Deputados. "O texto já foi enxugado e é o que defendemos", enfatizou. 

O ministro ainda repetiu que as despesas discricionárias - aquelas que o governo pode cortar - estão controladas e já retornaram ao nível de 2010. "Mas para controlarmos os gastos obrigatórios é necessário aprovar mudanças constitucionais, que já foram propostas", completou. 

Ao deixar a sede da EBC em Brasília, ele também reforçou que há uma expectativa muito positiva para as vendas no final do ano. "O Brasil voltou a crescer e deve crescer 'forte' em 2018", concluiu.

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