Governo conta com apoio do PSDB à reforma da Previdência, diz Padilha

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, ainda disse ter confiança no apoio dos tucanos
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/11/2017 às 14:56
Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, ainda disse ter confiança no apoio dos tucanos Foto: Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil


O governo conta com o apoio do PSDB à reforma da Previdência, enfatizou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta quarta-feira (29). Ele disse ter confiança no apoio dos tucanos à proposta, mas ressaltou que não tem autoridade para opinar sobre as questões internas do partido. 

"A confiança deriva da história do partido. Contamos com o apoio do PSDB", disse Padilha em café da manhã com jornalistas.

O ministro chegou a admitir que o acordo em torno do nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do PSDB pode ajudar na aprovação da reforma, desde que o governador manifeste seu apoio de forma objetiva.

Em entrevista na terça-feira(28) ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, José Aníbal, disse que Alckmin é "totalmente favorável à reforma". 

"Não tenho a menor dúvida que Alckmin vai apoiar a aprovação da reforma e trabalhar por ela", afirmou Aníbal. 

Base

Padilha negou nesta quarta (29) que integrantes da base aliada do governo estejam "plantando dificuldades" para votar a reforma da Previdência, à espera de acenos do Palácio do Planalto na direção de benefícios em troca dos apoios. "Quem fala em dificuldade para votar a Previdência fala em dificuldades reais", afirmou o ministro.

Segundo Padilha, o governo tem compreensão dos relatos da base aliada sobre as dificuldades para convencer sua base eleitoral sobre a importância da reforma da Previdência, principalmente num período já próximo às eleições de 2018. O ministro disse que o governo está empenhado em ajudar com a nova propaganda e o próprio enxugamento da proposta.

"Vamos mostrar que temos idade mínima fixada, queremos acabar com privilégios e há transição", disse Padilha, ressaltando que as idades mínimas começam em 53 anos para mulheres, 55 anos para homens e vão aumentando gradualmente ao longo de 20 anos, até chegar às idades mínimas finais de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens).

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