Depois de afirmar que o governo não conta mais com o PSDB em sua base de sustentação, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que caberá ao presidente Michel Temer fazer as alterações nas pastas comandas pelos tucanos. O ministro, entretanto, evitou responder se o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que na semana passada chegou a ser anunciado para o cargo do tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), ainda vai assumir a articulação do governo.
"O PSDB não está mais na base de sustentação do governo federal. O PSDB já disse que vai sair. Nós vamos fazer de tudo para manter a nossa base de governo e um projeto único de poder para 2018", disse Padilha.
O ministro afirmou que mesmo que a sigla abra a mão dos cargos na Esplanada, o presidente poderá manter quadros da legenda como nomes de sua escolha. "Uma coisa é um ministro que está no governo representando um partido. Outra coisa é o presidente manter alguém como representante de sua cota pessoal", disse.
Padilha fez questão de reforçar que "nomear ou demitir ministro" é uma questão que cabe exclusivamente ao presidente da República "O presidente saberá momento em que fará alteração no seu ministério independentemente da posição do PSDB", afirmou.
Eliseu Padilha disse que a única condição para o PMDB apoiar um candidato à Presidência da República é que o partido defenda o legado do atual presidente. "Não estamos excluindo ninguém, mas estamos colocando uma condição", disse. "Se o candidato do PSDB disser que defende o legado do presidente, há a possibilidade de uma aliança", acrescentou.