O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (5), que considera "um bom começo" os números de intenção de voto que sua candidatura ostenta nesse momento da corrida eleitoral.
"Você, sem ser candidato, ter entre 6% e 12%, dependendo do cenário, é um bom começo", afirmou o tucano em relação à pesquisa Datafolha divulgada no final de semana. O governador argumentou ainda que os resultados das pesquisas neste momento, que colocam o ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à frente, refletem apenas um "recall" de votação e que não têm significado político no momento. "Os argumentos da eleição serão lá na frente e a população vai ser muito exigente. As grandes mudanças são no final da campanha, o povo reflete e aí sim tem a definição de voto. Tudo tem seu momento".
O PSDB realiza neste final de semana a convenção nacional do partido, que deve eleger Alckmin como presidente da legenda. Existe uma expectativa de que o governador também seja lançado como candidato do PSDB ao Planalto, mas isto depende de outras candidaturas, como a do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Questionado sobre a possibilidade de realização de prévias, ele não mostrou resistência. "Prévia não divide, prévia escolhe", resumiu.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que participou de evento de entrega de moradias populares na zona sul da capital paulista junto com o governador Geraldo Alckmin, afirmou que o aumento da desaprovação à sua gestão, revelada pela pesquisa Datafolha, mostra que será necessário trabalhar mais pela cidade Ele culpou o orçamento herdado do governo anterior pela falta de ações de zeladoria na cidade, um dos pontos mais negativos citados pelo entrevistados.
"É sempre bom respeitar a opinião pública", disse Doria. "Vamos trabalhar mais, focar mais", complementou, acrescentando que a mesma pesquisa coloca o índice de aprovação em 60%, se somadas as avaliações de ótimo, bom e regular.
Segundo a pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha, Doria chegou a 39% de reprovação entre os paulistanos, o mesmo índice da gestão de Fernando Haddad (PT) em 2013, seu primeiro ano de governo. O prefeito classificou como "normal" este número e lembrou que, apesar dele, a porcentagem de pessoas que avaliaram sua gestão como ótima ou boa é mais que o dobro das que avaliaram a gestão petista na mesma época de seu governo (29% a 18%).
O tucano ainda rebateu que a queda em sua aprovação possa ser resultado de seus esforços para se viabilizar como candidato à presidência, dizendo que "nunca manifestou essa disposição". "Temos que melhorar o desempenho da zeladoria", indicou entre outros fatores, acrescentando que o orçamento deste ano foi herdado e que no ano que vem, com uma previsão "realista", vai poder atender os anseios da população.