Maluf deixa carceragem em SP e segue para presídio em Brasília

O parlamentar será encaminhado para o presídio da Papuda - onde ficará em cela de 30 metros quadrados
JC Online
Publicado em 22/12/2017 às 11:11
O parlamentar será encaminhado para o presídio da Papuda - onde ficará em cela de 30 metros quadrados Foto: Foto: Felipe Rau/Estadão


O deputado Paulo Maluf, 86 anos, deixou a carceragem da Superintendência em São Paulo às 11h07 dessa sexta-feira, 22. O parlamentar segue para Brasília onde passará por um exame de corpo de delito e, posteriormente, será encaminhado para o presídio da Papuda - onde ficará em cela de 30 metros quadrados. O parlamentar está preso desde quarta-feira (20) após decisão do Ministro Edson Fachin (STF).

A defesa de Maluf tentou um recurso, mas a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, negou. Em maio, Maluf foi condenado pela primeira turma do STF a 7 anos, 9 meses e 10 dias em regime fechado por lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado a perda do mandato.

Salário suspenso 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu suspender o salário do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a cumprir pena em regime fechado na última quarta-feira (20). A decisão da Diretoria Geral da Câmara de Deputados também vai se estender a partir dessa quinta-feira (21), ao deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), onde se mantém preso no Complexo Penitenciário da Papuda.

No site da Câmara é possível verificar que o deputado Paulo Maluf (PP-SP) recebeu R$ 19.398,33 de salário, após descontos como contribuição previdenciária e imposto de renda. A cota parlamentar - usada para despesas como passagens aéreas, hospedagens, telefonia, alimentação, gastos com gabinetes, entre outros -(dinheiro usado para o exercício do mandato), em novembro, foi de R$ 18.156,40. Já o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) recebeu nesse mês R$ 23.682,51 de salário e sua cota parlamentar foi de apenas R$ 108,35. Atualmente, o salário líquido dos deputados federais é de R$ 33.763.

A partir de agora, os gabinetes deixam de existir, os funcionários são exonerados e os deputados não receberão mais salário e benefícios como auxílio-moradia e cota parlamentar.

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