Minutos antes de entrar na reunião do Conselho da República para tratar sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmannn (PPS), defendeu a medida como única alternativa para conter a violência no Estado.
"Não dava mais para continuar a situação que se vivia no Rio de Janeiro. Não tinha mais outra saída e outra possibilidade que não fosse essa intervenção federal", disparou o ministro, durante entrevista ao programa Passando a Limpo na Rádio Jornal nesta segunda-feira (19).
O decreto da Intervenção na segurança do Rio de Janeiro anunciado na última sexta-feira (16) pelo governo federal. Ela já está em vigor, mas de acordo com a Constituição Federal precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional. O plenário da Câmara dos Deputados vota nesta segunda (19) convocou uma sessão deliberativa extraordinária às 19h para votar o decreto. Para ser autorizada, a intervenção precisa do voto favorável de metade dos deputados presentes na sessão mais 1, o que corresponde à maioria simples. O decreto também deve ser votado no plenário do Senado Federal.
A intervenção federal faz com que a União, por meio do interventor general Walter Souza Braga Netto, assuma a segurança pública do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e a área de inteligência, inclusive com poder de prisão de seus membros. Jungmann ressaltou que não se trata de uma intervenção militar, apesar da participação do efetivo do Exército. "A intervenção é constitucional e é federal, ela não é uma intervenção militar", contou.