Um grupo de mulheres do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e de outros movimentos sociais invadiu o parque gráfico do jornal "O Globo", no Rio, na manhã desta quinta-feira (8). Em nota, o jornal afirmou que 400 pessoas participaram da invasão. O MST, entretanto, diz que 800 mulheres estiveram presentes.
Segundo a Polícia Militar, a ação durou cerca de meia hora. As manifestantes já desocuparam o local. Não houve registros de feridos. "Entre os manifestantes, que chegaram em dez ônibus, havia pessoas armadas com facões. O grupo parou no estacionamento para visitantes, de acesso livre, e invadiu o prédio. Os seguranças da empresa não impediram a invasão, devido à quantidade de pessoas", diz nota do O Globo.
No texto, o jornal diz ainda que "manifestantes fizeram pichações de mensagens políticas em vidraças, sofás, paredes e no piso. Também atearam fogo em pneus ao redor de um totem com o nome do jornal, que é de metal e não chegou a ser danificado". Participaram da ação o MST, o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Atingidos por Barragens e o Movimento dos Pequenos Agricultores, além de moradoras de comunidades da cidade.
“A Globo promove os golpes em pró de seus interesses empresariais, não interessa as consequências para o país. Por isso ela é criminosa. Ela não é inimiga só dos trabalhadores, ela é inimiga de toda a nação”, afirmou Ana Carolina Silva, do Levante Popular da Juventude.
A invasão faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que também ocupou uma fábrica da Riachuelo no Rio Grande do Norte e a superintendência regional do Incra (Instituto de Reforma Agrária) em Brasília. Em nota, o MST afirmou que o objetivo da ação, iniciada às 5h30 da manhã, é "denunciar a atuação decisiva da empresa sobre a instabilidade política brasileira" e cita a "articulação da Globo no processo do golpe" e a "perseguição ao presidente Lula, para inviabilizá-lo como candidato em uma eleição democrática".
Também em nota, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais) repudiaram a invasão e disseram que "atos criminosos são próprios de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático". "É inadmissível que um grupo, que se diz defensor de causas sociais, ameace e ataque profissionais e meios de comunicação que cumprem a missão de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público", disseram as instituições em nota conjunta.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiam com veemência a invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST) ao parque gráfico do jornal O Globo, na manhã desta quinta-feira (8), no Rio de Janeiro (RJ).
Cerca de 400 integrantes do MTST ocuparam o local, levando baderna e vandalismo às instalações. Muitos dos manifestantes, armados com facões, fizeram pichações em vidraças, sofás, paredes e no piso do jornal, além de atearem fogo em pneus.
É inadmissível que um grupo, que se diz defensor de causas sociais, ameace e ataque profissionais e meios de comunicação que cumprem a missão de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público.
Atos criminosos como este são próprios de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático, e não pautarão os veículos de comunicação brasileiros.
A ABERT, a ANJ e a ANER condenam o ataque e pedem às autoridades uma rigorosa apuração do fato, com a punição dos responsáveis, para que vandalismos como este não voltem a se repetir.
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
Associação Nacional de Editores de Revistas
Associação Nacional de Jornais