'Só tenho dinheiro para o básico', diz Maia sobre campanha à Presidência

Para Maia, partidos vão desistir de ter candidatura quando contabilizarem os recursos
JC Online
Publicado em 08/03/2018 às 9:14
Para Maia, partidos vão desistir de ter candidatura quando contabilizarem os recursos Foto: Foto: Agência Brasil


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concedeu entrevista para a Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (8) e afirmou que vai pegar o mínimo do Fundo Partidário para disputar a Presidência e deixar a maior parte para campanhas dos estados. "Eu só tenho dinheiro para o básico e vou deixar que o partido organize seu orçamento para fortalecer as candidaturas nos estados brasileiros", disse o político.

"Eu espero que nos palanques estaduais, na chapa dos meus candidatos, se tenha uma estrutura de logística de televisão e internet com gente jovem, com pessoas que entendam sobre os novos mecanismos da comunicação. Porque hoje, bilhões de jovens tem uma linguagem diferente, então eu acho que esse é o caminho", afirmou o candidato. 

Ainda segundo o presidente da Câmara, é necessário que os candidatos saibam realizar uma campanha enxuta. "Dentro do DEM, é importante fortalecer o orçamento para que os candidatos a governadores, senadores e deputados tenham condições mínimas para disputar à eleição", explicou Maia. "Agora que vai ser uma confusão inicial, vai. Mas vai ser bom, porque todo mundo entende que dar para fazer campanha com menos dinheiro", acrescentou. 

Confira a entrevista completa:

 

  

Pré-candidatura

Na última quinta-feira (8), Maia anunciou sua sua pré-candidatura pelo DEM. Segundo o político, a construção da sua candidatura vem acontecendo "ao longo dos meses" e só depende agora do aval formal da cúpula do partido. 

Para ele, a população está cansada da polarização entre PT e PSDB, que desde a redemocratização se revezam na Presidência. "As pesquisas mostram uma rejeição contra esses partidos", declarou. Maia também afirmou que o próximo presidente terá que ter "coragem" para enfrentar temas com pouco apelo popular, como a reforma da Previdência.

Com tom de pré-candidato, o presidente da Câmara também abordou outros assuntos como saúde, educação e transporte público. "São milhões de jovens sem estudo, muito deles no crime. Tem que olhar para essa juventude abandonada que precisa ser recuperada pela sociedade", disse.

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