Triplex do Guarujá, pivô da condenação de Lula, vai a leilão em maio

O apartamento e suas reformas foram apontadas pelo juiz Moro e pelos desembargadores do TRF-4 como propinas da OAS
Estadão Conteúdo
Publicado em 12/03/2018 às 18:23
O apartamento e suas reformas foram apontadas pelo juiz Moro e pelos desembargadores do TRF-4 como propinas da OAS Foto: Foto: Reprodução


O triplex do Guarujá, pivô da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai a leilão no dia 15 de maio, às 14h. O imóvel foi avaliado pela Justiça em R$ 2,2 milhões.

"Certifico que após contato com o Leiloeiro, foram fixados os dias 15 de maio de 2018, às 14 horas, para a realização do primeiro leilão/praça; e o dia 22 de maio de 2018, às 14 horas, para a realização do segundo leilão/praça", informa certidão anexada aos autos da Operação Lava Jato.

O apartamento e suas reformas, supostamente custeadas pela OAS, foram apontadas pelo juiz Sérgio Moro e pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) como propinas de R$ 2,2 milhões da empreiteira ao ex-presidente.

Lula foi condenado por Moro a 9 anos e seis meses de prisão. No TRF-4, o Tribunal da Lava Jato, o ex-presidente teve sua pena agravada, para 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Imóvel

Laudo da Justiça, emitido em fevereiro, apontou que o imóvel tem uma área privativa de 215,2 m² e uma área comum de 82,692m².

"No primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte (conforme informações da sra. Mariuza, da empresa OAS, a suíte não existia na planta original, havendo modificação para inclusão deste dormitório)", aponta o relatório.

"No segundo pavimento existem três quartos compactos (sendo um deles suíte), um banheiro e um hall de distribuição. Já no terceiro pavimento, além de uma sala, fica a parte externa do imóvel, com área de churrasqueira e piscina."

Segundo o laudo, o triplex tem "piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros". A oficial de Justiça indicou que havia no local "um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados".

"Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está ligada. Imóvel e móveis (armários e camas) em bom estado de conservação, com exceção dos móveis da área externa (coifa e armários), que apresentam sinais de desgaste e ferrugem", relatou a oficial de Justiça.

O relatório diz, ainda, que o triplex tem "localização privilegiada, em frente da praia, no bairro Jardim Astúrias".

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