O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (21) entender que o duplo palanque que terá no Estado, por apoio de dois candidatos ao governo, não deve prejudicá-lo eleitoralmente
"O Brasil não tem um quadro bipartidário. Nosso quadro infelizmente é pluripartidário. Então você vai ter candidatos da mesma base política no País inteiro disputando um com o outro e para presidente apoiando o mesmo candidato", disse Alckmin, que participou de evento da entrega do bloco 3 do Instituto do Coração (Incor-USP) na capital paulista.
Alckmin evitou comentar a troca de farpas entre os dois pré-candidatos que terão seu apoio - o prefeito João Doria (PSDB) e o vice-governador Márcio França (PSB). "Nós temos o França, que está assumindo o governo, está preparado, ficou quatro anos conosco, tem boa experiência. O Doria também já tem a experiência do período de prefeito. Vamos caminhar para o futuro", disse.
Alckmin deixa o governo apenas no início de abril para se dedicar à sua campanha. No evento desta quarta, contudo, ele inaugurou um edifício não mobiliado e que deverá entrar em funcionamento apenas em maio.
"Não vejo o Incor sem o senhor. Quando vier visitar como presidente da República, o senhor será recebido como o nosso governador, que tanto fez pelo Incor", disse o médico e presidente do Conselho direto do Incor, Roberto Kalil Filho, um dos que discursaram no evento.
Kalil, que também é médico pessoal do presidente Michel Temer e participou da cirurgia no emedebista no fim do ano, preparou uma "surpresa" para o governador. Acompanhado de uma banda de funcionários do hospital, tocou saxofone em uma apresentação "surpresa" para Alckmin.
"O Estado de São Paulo tem o que mostrar, na nossa área e também em qualquer outra secretaria", disse o secretário estadual de Saúde, David Uip.
"Pelo jeito já estão fazendo meu bota fora, mas eu ainda tenho 20 dias", brincou o governador, agradecendo as homenagens.