Começaram nessa terça-feira (27), oficialmente, os primeiros anúncios de saída de membros do governo em virtude da campanha eleitoral. As primeiras baixas são no Ministério da Saúde e no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que havia anunciado mais cedo que sairia nessa terça-feira, entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer. Na carta, agradeceu ao “apoio incondicional” à sua gestão e se disse orgulhoso de trabalhar com o presidente.
“Despeço-me registrando que foi motivo de muito orgulho integrar uma equipe que tanto tem contribuído para a consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil e desejando a continuidade do sucesso dessas ações com as quais não deixarei de colaborar”, diz o documento.
Barros, que está licenciado do mandato de deputado federal, é pré-candidato à reeleição em outubro e precisava deixar o cargo até o dia 7 de abril, prazo definido para desincompatibilização de quem ocupa cargos públicos. Barros vai concorrer ao sexto mandato parlamentar pelo Paraná. Agora, ele volta para suas atividades na Câmara. “Já limpei as gavetas. Estou pronto para a Câmara dos Deputados, para a missão na Comissão de Orçamento”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.
Em um evento realizado na tarde de hoje no Palácio do Planalto, Barros e o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, agradeceram ao presidente pela confiança em seus discursos. “Temos muito orgulho de trabalhar com o senhor. Em todos os níveis o senhor fez um grande trabalho e temos muito orgulho de servir ao seu lado”, disse Terra, que também deixa o cargo na próxima semana para concorrer à reeleição na Câmara.
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, também entregou sua carta de demissão hoje. Rabello de Castro pretende concorrer à Presidência da República. Na carta, ele diz que deixa o banco no último dia de março.
“[...] entregamos a Vossa Excelência Excia e ao país duas grandes instituições brasileiras, muito bem equipadas, prontas para contribuir de modo decisivo para a transformação da economia e da sociedade brasileira […]. O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento de apoio”.
De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, os nomes dos substitutos ainda não foram definidos.