O ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao redor e dentro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, começa a esvaziar. O caminhão de som, que vinha sendo usado para discursos de aliados, foi desligado.
Pouco a pouco os apoiadores do petista têm ido embora. No prédio, o terceiro andar tem contato com apresentações musicais, o que ainda mantém uma parte dos militantes. Lula está no segundo andar, em uma sala reservada, acompanhado de aliados. A expectativa é de que ele se pronuncie só no sábado (7), depois de missa em homenagem a Marisa Leticia.
Policiais federais em Curitiba já garantem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não será preso nesta noite ou na madrugada deste sábado. Segundo os agentes, ainda não há definição sobre quando a ordem será executada e as negociações continuam.
A Justiça Federal também acompanha as conversas, segundo os policiais. Eles reforçam que nada é decidido sem a ciência da Justiça. Uma mudança no local onde Lula cumpriria a pena para São Paulo, como o ex-presidente chegou a pedir, só seria efetivada com a anuência do juiz Sérgio Moro após pedido formal da defesa.
No prédio da Superintendência da PF em Curitiba, um helicóptero do órgão de Brasília está no local para se dirigir ao Aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais, e conduzir Lula até o local de sua cela. Para o deslocamento até Curitiba, um avião da PF está preparado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O efetivo da PF na Superintendência foi reforçado com policiais de outras delegacias da capital e do interior do Estado. A PF não revela a quantidade, mas diz que o efetivo ampliado será mantido enquanto Lula cumprir a pena no local.
O ex-presidente não deve se submeter a exame de corpo de delito ao chegar a Curitiba, acrescenta a equipe da PF. Uma ida dele ao Instituto Médico Legal (IML) só seria feita em caso de transferência para uma unidade prisional, como o Complexo Médico de Pinhais.