Vice de Alckmin, Ana Amélia rechaça pecha de conservadora

A senadora Ana Amélia (PP-RS) também tratou de desvincular sua imagem a dos parlamentares do seu partido que são alvo de investigação
JC Online
Publicado em 07/08/2018 às 10:27
A senadora Ana Amélia (PP-RS) também tratou de desvincular sua imagem a dos parlamentares do seu partido que são alvo de investigação Foto: Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado


Pré-candidata à vice do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Ana Amélia (PP-RS) teve o cuidado de manter a sua imagem afastada a dos parlamentares do seu partido que são alvo de investigação, durante entrevista nesta terça-feira (7) ao programa Passando a Limpo na Rádio Jornal.

O PP é o partido mais investigado na Operação Lava Jato, ao mesmo tempo em que foi o partido que mais cresceu após o período da janela partidária e é agora a 2ª bancada da Câmara dos Deputados.

Ao ser questionada sobre a relação que cultiva com parlamentares envolvidos em investigações sobre corrupção e crimes relativos ao poder público, Ana Amélia enfatizou que não faz diferenciação a nenhum deles, seja para com os seus adversários, seja para os aliados. "Confirmada a culpa, tem que pagar por ele. Isso vale para o ex-deputado Pedro Correia, para Lula, vale para qualquer político. Eu preciso responder pelos meus atos, eu não sou juíza, eu não sou promotora. Enquanto isso não acontece (julgamento), a presunção da inocência tem que prevalecer", cravou.

Ana Amélia foi anunciada como candidata a vice na chapa encabeçada por Alckmin na última quinta-feira (2). A escolha do seu nome faz parte da aliança feita pelo tucano com os partidos do Centrão, que inclui o PP, DEM, PSD, PPS, PR, PRB, PTB e Solidariedade, siglas alinhadas ao campo de centro-direita. O apoio deu à Alckmin uma maior musculatura e também turbinou seu tempo de Rádio e TV, além de ter desidratado a candidatura de Ciro Gomes, que também buscava um acordo com o bloco.

Xô, conservadorismo

A figura de Ana Amélia é vista como um perfil mais conservador, o que pode contribuir para que a candidatura de Alckmin dispute votos do eleitorado de Jair Bolsonaro (PSL). A parlamentar, porém, rechaça a polarização entre esquerda e direita e a figura de conservadora da qual é associada.

"Em 2012 eu apoiei Manuela D'Ávila ao governo de Porto Alegre. Uma pessoa tão conservadora estaria ao lado de uma comunista em uma eleição municipal?", questionou. "A política tem que ser feita com respeito, tolerância e responsabilidade", cravou.

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