O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro confirmou nesta quarta-feira (7), que assumirá a chefia do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. "Eu vou para o GSI", disse Heleno, acrescentando que "é isso que ele (o presidente eleito, Jair Bolsonaro) quer". A decisão de ficar à frente do GSI e não mais do Ministério da Defesa, como inicialmente previsto, foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Bolsonaro deixou para o próprio general a escolha de qual pasta comandar. As declarações de Heleno nesta manhã foram dadas ao deixar o Comando da Aeronáutica, onde estava reunido com Bolsonaro e outros integrantes do futuro governo em café da manhã.
O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse na manhã desta quarta-feira (7), que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ainda está escolhendo o nome para comandar o Ministério da Defesa e revelou que provavelmente será escolhido um general da Marinha, já que militares do Exército e da Aeronáutica ocuparão outros ministérios chaves no novo governo.
Mourão confirmou que o general Augusto Heleno, antes cotado para a Defesa, deve ocupar mesmo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
"O general Heleno é uma cabeça brilhante que não pode ser desperdiçada. O presidente Bolsonaro está escolhendo outro general para a Defesa, pensando em algum nome da Marinha para ter equilíbrio", disse Mourão ao chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local destinado para a equipe de transição do governo.
Perguntado sobre nomes para outras pastas, Mourão disse que Bolsonaro está conversando com muitas pessoas, que pode anunciar nomes ainda nesta semana, mas que só irá confirmar esses postos após decisões concretas.
Questionado ainda sobre a possível continuidade do atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, Mourão afirmou que a escolha para a chefia da autoridade monetária está a cargo do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. "Já a escolha dos comandantes das Forças Armadas deve obedecer critérios de antiguidade", acrescentou o militar.
Mourão disse ainda que o encontro do governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), com Bolsonaro, marcado para as 16h30, será uma visita de cortesia, sem pautas a serem discutidas.