Bolsonaro fala em acordo para explorar Amazônia com países 'sem viés ideológico'

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, questionou 'por que não fazer acordo' para explorar a região, 'sem viés ideológico'
Estadão Conteúdo
Publicado em 09/11/2018 às 19:15
Em transmissão ao vivo pelo Facebook, questionou 'por que não fazer acordo' para explorar a região, 'sem viés ideológico' Foto: Foto: Agência Brasil


De sua casa na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), demonstrou nesta sexta-feira, 9, interesse em permitir que empresas de alguns países explorem os recursos naturais da Amazônia. Em transmissão ao vivo pelo Facebook, questionou "por que não fazer acordo" para explorar a região, "sem viés ideológico".

Nos 40 minutos da fala, durante a qual por diversas vezes criticou a gestão do Meio Ambiente no Brasil, Bolsonaro afirmou que os Institutos Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) cometem "caprichos".

Turismo

Ele disse ainda que pretende avançar com o turismo em áreas protegidas ambientalmente para garantir que não sejam abandonadas. "Se tivesse hotéis em áreas protegidas, o meio ambiente estaria preservado. O turismo preservaria o meio ambiente e não essa forma xiita do Ibama", afirmou. Segundo Bolsonaro, o nome do ministro do Turismo será divulgado na próxima semana e, em seguida, os da Educação e Relações Exteriores.

Embora mostre interesse em explorar a Amazônia, Bolsonaro não informou quais setores e países teriam acesso à região em seu governo. Com a China, especificamente, disse não ter problema e que prova disso é que recebeu o embaixador do país asiático. Durante a campanha, Bolsonaro criticou a presença chinesa no mercado brasileiro, sobretudo, no setor elétrico, ao afirmar que o país não comprava no Brasil, mas o Brasil.

Mais uma vez, apenas citou o mercado de nióbio, que, segundo o presidente eleito, "não será privatizado". Disse ainda que "parece que 40% das multas (ambientais) aos produtores" vão para organizações não governamentais. "Não vai ter ativismo", acrescentou.

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