A pastora, advogada e futura chefe do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, declarou-se contra o aborto durante entrevista a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local onde se reúne a equipe de transição do governo.
"Eu sou contra o aborto. Eu acho que nenhuma mulher quer abortar. Elas chegam até o aborto porque não têm outra opção. A mulher que aborta acreditando que está desengravidando, o aborto não desengravida nenhuma mulher. A mulher caminha o resto da vida com o aborto. Se a gravidez é um problema que dura só nove meses, eu digo para vocês que o aborto é um problema que caminha a vida inteira com a mulher", afirmou.
Damares disse que quer um País que priorize políticas públicas de planejamento familiar e ressaltou que o aborto não deve ser considerado método contraceptivo. "Aborto apenas nos casos necessários e que estão previstos em lei. Essa pasta não vai lidar com o tema aborto. Vai lidar com proteção de vidas e não com morte."
A futura ministra ainda afirmou que tem uma boa relação com os movimentos LGBT. "A pauta LGBT é uma pauta muito delicada, mas a minha relação com os movimentos LGBT é muito boa. Eu tenho entendido que dá pra gente ter um governo de paz entre o movimento conservador, o movimento LGBT e os demais movimentos", declarou.
A chefe da pasta afirmou que irá fazer o enfrentamento à violência contra a comunidade LGBT. "Se precisar estarei nas ruas com as travestis, se precisar estarei na porta da escola com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual".