Marun: Temer não prorrogará prazo de adesão para renegociar dívida do Funrural

Se Temer mudar de ideia e conceder a prorrogação, será a sexta vez que o limite será dilatado
Estadão Conteúdo
Publicado em 27/12/2018 às 12:00
Se Temer mudar de ideia e conceder a prorrogação, será a sexta vez que o limite será dilatado Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira, 27, que o presidente Michel Temer não deverá acatar um pedido feito pela futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para que o prazo de adesão à renegociação das dívidas do Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural) seja prorrogado. O prazo acaba no próximo dia 31 de dezembro.

Se Temer mudar de ideia e conceder a prorrogação, será a sexta vez que o limite será dilatado. "Não vai ser fácil fazer o perdão do passivo e a tendência é de que não haja a prorrogação. O governo Bolsonaro pediu para que prorrogássemos, mas o governo Temer está vendo que não há espaço orçamentário", disse o ministro durante café da manhã com jornalistas.

Novo governo

Para Marun, no entanto, o presidente eleito Jair Bolsonaro terá condições de dar novo prazo para o Refis do Funrural "mesmo que tenha vencido este prazo de adesão". "Mas ele vai ter dificuldade para isso. Eles terão que fazer as contas deles", abaliou. Atual presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Tereza Cristina falou pessoalmente com Marun sobre o assunto.

No início do mês, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para o projeto que trata do perdão dessas dívidas. Havia resistência da base do governo de Michel Temer e de Bolsonaro para barrar o avanço do projeto que pode impactar o orçamento da União. A anistia aos ruralistas pode chegar a R$ 17 bilhões.

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