Após o recuo do presidente Michel Temer da sua decisão de não conceder o indulto Natal aos presos e do aceno positivo ao benefício, o procurador Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, criticou a possibilidade do texto do indulto de 2017 se repetir.
"Temer retrocedeu e se despedirá indultando", escreveu Pozzobon no seu Twitter. "Que ao menos não seja uma repetição do indulto de 2017, o que seria trágico para a população brasileira, trágico para o combate à corrupção e trágico para quem busca um pouco mais de segurança ao andar nas ruas", concluiu seu comentário.
Na época referenciada pelo procurador, o texto estabeleceu que poderia receber o perdão quem já tivesse cumprido 1/5 da pena, nos casos de crimes sem violência ou grave ameaça. A questão foi interpretada pela Procuradoria Geral da República como uma decisão que beneficiaria os que praticaram crimes de colarinho branco, como corrupção.
De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, Michel Temer excluirá crimes de corrupção do indulto natalino deste ano, e o decreto será assinado até esta sexta-feira (28). A decisão foi acertada na noite dessa quarta-feira (26), durante reunião no Palácio do Planalto.