Sociedade deveria prostrar-se diante da bandeira uma vez por semana, diz porta-voz

''Gostaria muito que toda a sociedade tivesse a disponibilidade e o patriotismo de prostrar-se diante da bandeira'', declarou o porta-voz da Presidência
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/03/2019 às 20:42
''Gostaria muito que toda a sociedade tivesse a disponibilidade e o patriotismo de prostrar-se diante da bandeira'', declarou o porta-voz da Presidência Foto: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, fez um apelo ao patriotismo dos brasileiros nesta sexta-feira (29) ao ser questionado se Jair Bolsonaro fez referência a 1964 nesta sexta ao publicar um vídeo da cerimônia de hasteamento da bandeira. "Gostaria muito que toda a sociedade tivesse a disponibilidade e o patriotismo de prostrar-se diante da bandeira ao menos uma vez por semana", disse. "Para caracterizar, por meio desse gesto o seu apreço à soberania que essa bandeira representa e a importância que de nós termos uma sociedade democrática e livre", completou.

Nesta sexta, o Comando Militar do Planalto realizou uma cerimônia para relembrar os 55 anos do golpe militar de 31 de março de 1964. Bolsonaro não foi ao evento, mas participou do hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada, sua residência, e publicou um vídeo que registra esse momento em sua conta no Twitter.

Já no fim do dia, a juíza da 6ª Vara Federal de Brasília, Ivani Silva da Luz, determinou que "a União que se abstenha" de festejar o golpe militar no dia "31 de março de 1964, prevista pelo Ministro da Defesa e Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica". A magistrada acolhe pedido de defensores públicos Federais, em ação civil pública.

O porta-voz não respondeu sobre a decisão da magistrada. "O que nós tínhamos de falar ao longo da semana, já falamos. Não temos mais nada para comentar", disse. 

Pacote de Moro

O pacote de projetos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi ressaltado como uma das prioridades para o País na fala do porta-voz. "O governo considera que junto com as reformas estruturantes, o projeto do ministro Moro é extremamente importante e ansiado pela sociedade. O Brasil clama por ações urgentes nessa área e o presidente acredita que não podem ser deixadas para depois", disse.

Ele afirmou que o projeto possui três vertentes que modificam 14 leis, entre elas, o código penal e o código de processo penal, em assuntos como regras de legítimas defesa e prisão após condenação em segunda instância, criminalização na prática de caixa 2, entre outros assuntos.

O porta-voz disse ainda que o governo deve enviar ajuda humanitária a Moçambique, país que foi atingido por um ciclone no último dia 14 que deixou milhares de desabrigados.

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