O novo ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, anunciou nesta quarta-feira (10) os nomes que vão compor os principais cargos das secretarias da pasta. Ao contrário dos antecessores, nenhum dos nomes atuais possuem experiência na área, pelo contrário, eles atuavam na Casa Civil e no Ministério da Economia. Haverá mudanças na maior parte das secretarias.
Agora, a Secretaria de Educação Básica (SEB) passa a ser chefiada por Janio Carlos Endo Macedo. Formado em Direito e com especializações em Administração, atuou por mais de dez anos em banco e, em 2016, durante a gestão Michel Temer foi nomeado secretário executivo do, então, Ministério Trabalho.
A pasta é considerada uma das mais importantes já que o presidente Jair Bolsonaro diz que tem como prioridade aumentar os investimentos e a qualidade do aprendizado na educação básica - que engloba da educação infantil ao ensino médio - do País. O cargo está vago desde o dia 26 de março, quando Tania Leme de Almeida pediu demissão - ela deixou o MEC depois de não ser consultada sobre a decisão de não se avaliar a alfabetização das crianças.
O número 2 de Weintraub será Antonio Paulo Vogel de Medeiros, que irá assumir a Secretaria Executiva. Formado em Economia, Medeiros atuou como analista no Ministério da Fazenda e estava como secretário executivo adjunto da Casa Civil. O cargo atualmente é ocupado pelo tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, que foi do Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa e chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
Medeiros terá como adjunto Rodrigo Toledo Cabral Cota, atual subsecretário de governança das estatatais, no Ministério da Economia.
A Secretaria de Educação Superior (Sesu) será assumida por Arnaldo Barbosa de Lima Júnior. Secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda na gestão Temer, ele é formado em Comércio Exterior. A pasta é atualmente ocupada por Mauro Rabelo, único remanescente da gestão Temer que foi aproveitado por Vélez.
A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) será reassumida por Silvio Cecchi, ligado ao MDB e que chegou ao MEC em 2016.
Já a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) terá como chefe o economista Ariostolo Antunes Culau, que atuou nos últimos anos na Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
O único que deve permanecer no cargo é Carlos Nadalim. Da ala dos olavistas, ele é o secretário de Alfabetização. Já o chefe da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semes), Bernardo Goytacazes, também deve ser exonerado pelo novo ministro.
Auditor federal de finanças e controle desde 1998. Foi assessor e diretor do Instituto de Resseguros do Brasil, assessor especial no Ministério da Fazenda e no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Nesse último, também foi secretário de Gestão. Foi consultor do Banco Mundial em finanças públicas e atuou em diversos colegiados, conselhos fiscais e de Administração. Atuou na transição do governo federal e, em janeiro de 2019, assumiu o cargo de secretário executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República.
Analista de comércio exterior dos quadros do Ministério da Economia. Ocupou diversos cargos na administração pública federal, tendo sido secretário executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, onde coordenou o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. Antes do Ministério da Educação, ocupava o cargo de diretor de Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Economia, onde respondia pelos assuntos da Previdência Social, Trabalho e Políticas Sociais.
Funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde trabalhou por 34 anos, exercendo vários cargos na rede de agências. Ele ocupou, na Direção-Geral do banco, os cargos de gerente-geral do segmento Alta Renda, diretor de Varejo, diretor-presidente da BB Previdência e diretor de Governo. Foi ainda diretor comercial do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre. Foi conselheiro fiscal da empresa BB Aliança Participações; conselheiro de administração da empresa Ativos S/A; conselheiro fiscal da empresa Usiminas S/A; e conselheiro fiscal do Grupo Ultrapar. No Poder Executivo, foi secretário executivo do Ministério do Trabalho e assessor especial do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Até chegar ao MEC, era secretário adjunto de Gestão e Desempenho de Pessoal, ligada à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.
Analista técnico de políticas sociais. Foi um dos autores da reforma do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Atualmente, é diretor de Seguridade na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe) e membro do Conselho Nacional de Previdência Complementar. Foi assessor especial e diretor de Assuntos Fiscais e Sociais no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e secretário adjunto de Política Econômica no Ministério da Fazenda. Foi conselheiro fiscal e de administração das seguintes empresas: Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame); Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo (PPSA); BB Tecnologia e Serviços (BBTS); BB Banco de Investimento (BB BI); Banco do Nordeste (BNB); BB Gestão de Recursos, Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM); e Caixa Econômica Federal, entre outras.
Foi diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Secretaria de Educação Superior do MEC entre 2016 e 2018, quando assumiu a titularidade da Seres. É pós-graduado em análises clínicas e foi presidente do Conselho Federal de Biomedicina. Ao longo de sua vida profissional, acumulou cargos nas funções de coordenador do curso de biomedicina do Centro Universitário Barão de Mauá; diretor-geral da Faculdade COC; diretor de pós-graduação da Anhanguera Educacional; diretor de Logística das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e ex-presidente da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM).
Atuou no governo do Rio Grande do Sul, como secretário de estado de Planejamento e Gestão, e no governo de Goiás, como superintendente do Tesouro Estadual. No governo federal, foi secretário de Orçamento Federal, subsecretário de Assuntos Econômicos da Secretaria Executiva e secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Antes de integrar a equipe do MEC, atuava como secretário de Gestão Corporativa do Ministério da Economia, tendo auxiliado na estruturação do novo ministério.