Questionado sobre os cortes de verbas em políticas públicas para as mulheres, ele enalteceu a campanha da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que incentiva a abstinência sexual para a prevenção da gravidez precoce, Bolsonaro foi dar o exemplo de uma história contada pelo jornalista e apresentador da Globo, Alexandre Garcia, sobre uma experiência da esposa, que é obstetra. "Ele comentou que a esposa dele atendeu uma mulher que teve o primeiro filho aos 12 anos, o segundo aos 15 e no terceiro já estava com HIV. Uma pessoa com HIV, além de ter um problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil", ressaltou.
>> Preconceito e discriminação afetam diagnóstico do HIV/aids
>> 64% de brasileiros com HIV já sofreram discriminação, diz relatório
>> Violência contra mulher: área precisa de postura, não de dinheiro, diz Bolsonaro
>> PF abre inquérito para investigar secretário de comunicação de Bolsonaro
Bolsonaro defendeu as críticas que a ministra Damares está recebendo em prol da campanha. "Quando ela fala em abstinência sexual, esculhambam ela. Eu tenho uma filha de nove anos, você acha que eu quero minha filha grávida ano que vem? Não tem cabimento isso aí. É essa a campanha que ela faz". Ele ainda falou que há uma "depravação total" e atribuiu isso ao PT. "Essa liberdade que pregaram ao longo do PT todo, que vale tudo, se glamoriza certos comportamentos que um chefe de família não concorda, chega a esse ponto, uma depravação total. Não se respeita nem sala de aula mais", criticou.
Leia mais: Ginecologista diz que abstinência sexual é pouco eficaz no combate à gravidez precoce