Cláudio Humberto*
Continua a farra da compra direta de passagens às empresas aéreas usando cartão corporativo, cuja implantação no governo Dilma (PT) motivou operação da Polícia Federal. O esquema objetivou eliminar as agências de viagem do processo de compra, transformar as aéreas nos únicos fornecedores pagos à vista, garantir aumento de lucros com a cobrança de “tarifa cheia” e a dispensa de recolher impostos na fonte. Foram quase R$ 50 milhões de impostos embolsados em quatro anos.
Somente nos primeiros 50 dias de 2020, o governo Bolsonaro gastou R$ 45 milhões em passagens aéreas, tudo pago à vista, tarifa cheia. A jogada foi concretizada no Ministério do Planejamento, na ocasião chefiado por Paulo Bernardo, aquele que chegou a ser preso. O governo nada economizou. Apenas garantiu “tarifa cheia” às empresas aéreas e as dispensou de pagar comissão às agências.
O Ministério da Economia se recusa a revelar se estuda mudanças nas compras ou se acompanha os debates sobre o assunto no Congresso.
*Cláudio Humberto assina coluna diária no Jornal do Commercio
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