O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alegou, na manhã desta quarta-feira (26), que as mensagens trocadas em seu WhatsApp são "de cunho pessoal" e que qualquer dedução "fora desse contexto são tentativas de tumultuar a República". Ele vem sendo criticado após compartilhar vídeo por meio do aplicativo convocando manifestações no dia 15 de março de 2020 para defendê-lo, mas que estão sendo interpretadas como ação contra o parlamento.
"Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", escreveu.
O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, disse que o ato de Bolsonaro, se confirmado, pode abrir caminho para pedido de impeachment. “Entendo que é inadmissível, o presidente está mais uma vez traindo o que jurou ao Congresso em sua posse, quando jurou defender a Constituição Federal. A Constituição e a democracia não podem tolerar um presidente que conspira por sua supressão”, afirmou Santa Cruz.
Ex-presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes pediu uma reação de "todos aqueles que prezam pela democracia" ao vídeo disparado pelo presidente Jair Bolsonaro. Adversário de Ciro e Bolsonaro na disputa eleitoral de 2018, o petista Fernando Haddad afirmou que o presidente pode ter cometido "crime de responsabilidade previsto na Constituição que jurou respeitar mas, certamente, nunca leu".
O twitter oficial do PSDB também se posicionou, afirmando que "em todos os momentos de ameaça de ruptura às instituições, não importa de quem venha, o PSDB está no mesmo lugar".