As eleições desse ano em Pernambuco contarão com a participação de 13.056 policiais, englobando militares e civis. Os detalhes foram repassados na manhã desta quinta-feira, em coletiva de imprensa na Secretaria de Defesa Social (SDS). Desse total, 12.111 são policiais militares. Entre os militares, 6.185 ficarão no Grande Recife, enquanto 5.926 vão travalhar no interior do Estado. Da Civil, são 945 policiais.
Além disso, uma central de monitoramento será montada no prédio da antiga RFSA, no Recife, com plantão das 7h ao término da apuração. Um total de 124 delegacias estarão com plantão funcionando, sendo 22 no Recife e RMR e 102 no interior. A Polícia Federal irá reforçar os postos fiscas em Caruaru e Salgueiro.
O efetivo deste ano é 11% menor em relação a eleição de 2014. No entanto, o pleito desse ano é menor, já que nas últimas eleições foram escolhidos cinco representantes: Presidente, Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador.
De acordo com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, a principal mudança foi na logística de distribuição das urnas, que foi retardada este ano. "Havia distribuições locais de urnas de centros regionais para locais de votação com uma antecedência que não era necessária. Nós atrasamos um pouco essa distribuição e com isso, a gente otimizou os meios. Menos policiais empregados nas eleições são mais policiais nas ruas para combater a violência. Eu frizo que não houve nenhum prejuízo à segurança do pleito", explicou.
A intenção é que o pleito ocorra de forma tranquila em um Estado que vive uma crescente de insegurança, inclusive entre candidatos. Na madrugada desta quinta, a casa do prefeito de Camutanga, Armando Pimentel (PSB), que tenta a reeleiação, foi alvo de vários tiros. Ninguém se feriu. O secretário innformou que um delegado especial já foi designado para apurar o caso.
Já em Nazaré da Mata, um homem foi baleado durante um comício. De acordo com a Polícia Militar, um homem, conhecido como Lagartixa, assistia a um comício quando foi agredido por um grupo, supostamente uma quadrilha rival. O tio do jovem, que não teve o nome divulgado, tentou intervir e acabou levando quatro tiros. Ele foi encaminhado com vida ao Hospital da Restauração, no Centro do Recife.
No início de setembro, João Paulo (PT), candidato ao cargo e prefeito do Recife, foi agredido em um restaurante quando almoçava com aliados no RioMar Shopping. O agressor foi detido.
LEIA TAMBÉM - Candidato a prefeito morre em atentado e vice-governador de Goiás é baleado
Na manhã desta quinta, vários policiais militares partiram do Recife para várias cidades do interior de Pernambuco para reforçar as eleições municipais. Este ano, eleições em todo o Brasil terão 475.363 candidatos a prefeito e vereador. Destes, 68,6% são homens.
Mais uma vez, a Lei Seca não foi determinada nas eleições. A prática já havia sido adotada em 2012. O secretário Alessandro Carvalho explicou que a medida foi tomada em acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) e a Procuradoria Regional Eleitoral. "Nós vimos que não havia necessidade de ser feito também em 2016. Muito efetivo era empenhado para coibir o consumo da bebida e prejudicava até o policiamento das eleições", disse o secretário.
URNAS PREPARADAS
As urnas já foram todas preparadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. A operação consiste em inserir todas as informações relativas ao pleito, como os programas de votação, a relação de eleitores da respectiva seção eleitoral, os dados de partidos, coligações e os nomes e fotos de todos os concorrentes aptos a disputar a eleição, inclusive os que têm registros indeferidos e aguardam julgamento de recursos. Depois de inseridas as informações, as urnas eletrônicas são lacradas e estão prontas para serem utilizadas nas eleições – a máquina lacrada só realiza operações em dia e horário pré-determinados.
No Recife, pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, em parceria com o Jornal do Commercio, aponta que 55% dos eleitores não se interessam pelas eleições 2016.
VEJA TAMBÉM - MENTOR DO PACTO PELA VIDA DIZ QUE PROGRAMA MORREU
Em entrevista ao JC, o mentor do Pacto Pela Vida, o professor José Luiz Ratton, afirmou que o programa, lançado em 2007 pelo então governador Eduardo Campos, não empolga mais e morreu. "O Pacto construiu um mecanismo de governança, que hoje está perdido", opinou".
Geraldo Julio (PSB)
João Paulo (PT)
Daniel Coelho (PSDB)
Priscila Krause (DEM)
Edilson Silva (Psol)
Carlos Augusto Costa (PV)
Simone Fontena (PSTU)
Pantaleão (PCO)