Em carta, Lula diz que seu governo era melhor do que o de Temer

Segundo carta lida por Gleisi, Lula disse que sentir tristeza porque a 'nossa democracia está incompleta'
Estadão Conteúdo
Publicado em 01/05/2018 às 20:43
Segundo carta lida por Gleisi, Lula disse que sentir tristeza porque a 'nossa democracia está incompleta' Foto: Foto: Marcello Casal Jr


A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, encerrou o ato em Curitiba, que contou com cerca de cinco mil pessoas de acordo com a Polícia Militar, lendo uma carta escrita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cadeia.

O ex-presidente diz sentir tristeza porque a "nossa democracia está incompleta" e compara o desempenho do governo Michel Temer na economia com os tempos de bonança de seus dois governos. "A mesa já não é farta, e até para cozinhar o pouco que tem muitas famílias catam lenha porque não podem mais pagar o bujão de gás", diz Lula.

"Vocês se lembram da prosperidade do Brasil naqueles tempos (de seus governos)", continua o petista para, na sequência, lembrar que era criticado na imprensa pela condução econômica "quando o Brasil ia bem". Segundo ele, hoje os mesmos críticos falam em "retomada da economia".

Ao final, em tom eleitoral, Lula promete a volta dos bons tempos "Sabemos que esse Brasil é possível. Mais do que isso, já vivemos nesse Brasil há muito pouco tempo atrás". Depois de ler a carta, Gleisi voltou a afastar os rumores sobre o plano "B", os quais atribuiu à "grande mídia". "Se alguém falar em plano 'B' para vocês, não acreditem. Lula vai ser o nosso candidato", disse a senadora.

Vaias

Mais cedo, Aldo Rebelo, pré-candidato pelo SDD, foi vaiado enquanto discursava contra a intolerância. "Se nós não somos capazes de manter a tolerância num ato como este, não temos autoridade para pedir unidade em defesa da democracia. Que eles (adversários) alimentem este clima, compreendo. Só não compreendo quem se declara democrata não ter capacidade de tolerar", reagiu Aldo, sob vaias.

O evento teve ainda a participação dos pré-candidatos Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL).

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