PT cada vez mais cauteloso com Eduardo

Governador Jaques Wagner (BA) adota tom conciliador com o socialista, com quem se encontrou nessa segunda-feira, em defesa da manutenção da base de Dilma em 2014
Otávio Batista
Publicado em 26/02/2013 às 6:24


Interlocutor próximo da presidente Dilma Roussef (PT) e um dos principais governadores do Partido dos Trabalhadores, o baiano Jaques Wagner esteve no Recife, nessa segunda-feira, e manteve um discurso conciliador em relação às movimentações do governador Eduardo Campos (PSB) na esfera nacional. O petista defendeu a manutenção da unidade do atual grupo de apoio da presidente para a disputa eleitoral em 2014 e, para manter a integridade da base, não descartou a ampliação da participação do PSB no governo Dilma, deixando o socialista como opção para 2018.

Entretanto, o governador baiano não defende mais Eduardo para compor a chapa de reeleição da presidente Dilma, em detrimento do atual vice-presidente, Michel Temer (SP), e o seu PMDB “Não acredito que essa questão (a vice) é o que interessa a Eduardo Campos. Essa é a minha opinião, estou falando sem perguntar a ele. Sou defensor de que a legitimidade que a Dilma carrega, a chapa carrega como um todo. É muito mais uma conversa de caminhada, de como ele (Eduardo) estaria dentro de um (possível) segundo governo Dilma, como seria a participação do PSB a partir de 2015”, argumentou.

Jaques Wagner esteve no Recife para participar de seminário promovido “Diálogos Capitais”, promovido pela revista Carta Capital. Após o evento, foi ao encontro com Eduardo Campos, no gabinete do governador – a imprensa não teve acesso nem para fotos, cedidas pela assessoria do Palácio.

“O PT tem que entender que não só um filiado nosso pode dirigir o processo. Não quero falar especificamente de nenhum nome. Em 2018, a gente vai completar 16 anos no governo de um projeto político que tem vários aliados e que tem o PT na condução, mas não obrigatoriamente tem que ter o PT na condução”, disse, já contabilizando vitória em 2014. Muito embora tenha feito esse afago nas pretensões de Eduardo, Wagner reconhece que “não é natural” de quem estar no poder, abandonar o barco e ceder espaço.

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