Nomes do PT pernambucano podem ocupar cargos no governo federal

Embora envolvidos tratem assunto como especulações, mas integrantes do partido sem mandato podem ser acomodados na segunda gestão de Dilma
Mariana Araújo
Publicado em 30/10/2014 às 5:49
Embora envolvidos tratem assunto como especulações, mas integrantes do partido sem mandato podem ser acomodados na segunda gestão de Dilma Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Passadas as eleições, o momento agora é de especulações de nomes para os ministérios do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Em Pernambuco, há uma expectativa grande em relação ao aproveitamento de nomes do partido que não se elegeram no pleito deste ano. O PT não conseguiu eleger nenhum deputado federal pelo Estado e a bancada estadual foi reduzida.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou que o processo de escolhas de ministros pela presidente Dilma Rousseff (PT) para o seu novo mandato ainda não começou. “Acredito que ela deva descansar essa semana, mas os nomes da equipe econômica devem ser definidas até meados de novembro”, afirmou.

Questionado sobre quem poderá ser levado ao governo federal, o senador preferiu não citar nomes. Mas, em seguida, o senador afirmou que há possibilidades de nomes do PT de Pernambuco ocuparem cargos. “Queremos pessoas do nosso Estado trabalhando. Se tivermos a oportunidade, vamos falar isso para ela”, acrescentou. O petista declarou, ainda, que as demais áreas do primeiro escalão ficarão para após esse período.

Entre os petistas de Pernambuco, estão Mozart Sales, que já esteve à frente do programa Mais Médicos de poderá retornar ao Ministério da Saúde, e os deputados Fernando Ferro e Pedro Eugênio. Há, ainda, João Paulo, nome forte para disputar a eleição municipal do Recife em 2016.

Sobre João Paulo, é provável que, caso o deputado venha a ocupar um cargo no segundo governo de Dilma, seja acomodado em alguma pasta que reflita visibilidade no Recife, já que seu nome é ventilado para a disputa municipal de 2016. O petista já ocupou duas vezes a cadeira de prefeito da capital pernambucana e elegeu seu sucessor, João da Costa. João Paulo também tentou retornar ao Palácio Capibaribe em 2012, como vice de Humberto Costa, mas a chapa petista ficou em terceiro lugar no pleito, vencido por Geraldo Julio (PSB) no primeiro turno.

“Não tenho como falar absolutamente nada sobre isso, é competência exclusiva da presidente montar sua equipe, ela é que vai avaliar. Quando disputei o Senado, não foi com nenhuma vinculação”, afirmou João Paulo sobre uma possível ida para o governo federal.

Pedro Eugênio foi citado por uma entidade de trabalhadores rurais para a pasta da agricultura. O parlamentar já ocupou a secretaria estadual do setor no governo de Miguel Arraes, onde coordenou o programa Chapéu de Palha, e a pasta de planejamento, no ano seguinte. Em 2003, o parlamentar assumiu uma diretoria do Banco do Nordeste, com indicação do ex-presidente Lula. Outra possibilidade é que Pedro Eugênio retorne à instituição financeira. Já Fernando Ferro pode ficar na Chesf, empresa que atualmente está sob o comando o PMDB mas que já esteve com o PSB. O deputado é funcionário de carreira da empresa.

Os dois parlamentares afirmaram que as indicações tratam-se apenas de especulações. “A eleição foi domingo. Aqui em Brasília, não há nenhuma movimentação para escolhas de nomes”, disse Pedro Eugênio. “Isso é boato. O segundo escalão só será definido após a escolha dos ministros”, declarou Fernando Ferro. Mozart Sales também tartou o assunto como especulação. “Estou tranquilo em relação a isso. Cumpri meu papel na eleição e no governo anterior”, declarou.

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