O governador Paulo Câmara (PSB) voltou a ter agenda administrativa em Pernambuco nesta quarta-feira (28) após mais de uma semana sem compromissos oficiais no Estado fora do Palácio do Campo das Princesas. A reclusão do socialista teve início da segunda-feira da semana passada, quando eclodiu a rebelião de detentos no Complexo Prisional do Curado, no Recife. "Não vamos nos omitir de reconhecer que precisamos melhorar em muitas áreas do Estado. O nosso desafio é de melhorar e avançar. Estou muito sereno em relação a isso, sabendo que temos um ano duro. Vamos sentar, ouvir e discutir e tirar indicativos a partir disso", declarou.
Paulo comentou que aguarda com tranquilidade o resultado das assembleias realizadas esta semana pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) e pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE).
"Isso faz parte do dia a dia de um governo. Todo início de ano as categorias se reúnem, fazem suas assembleias e delas saem as pautas de reivindicação. Vamos receber todas as pautas e vamos analisá-las. Temos tanto as questões salariais quanto as de infraestrutura, de melhoria do trabalho, e vamos receber essas demandas. Algumas a gente já sabe o que tem que fazer e outras pode discutir. Esse é um amplo processo de negociação. A gente tem secretarias que vão trabalhar nisso como a Secretaria de Administração, a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria de Justiça. A gente vai debater com muita transparência e o que for possível fazer nós vamos fazer", falou.
Em entrevista ao apresentador Geraldo Freire, da Rádio Jornal, na última sexta-feira, Paulo declarou que a previsão era entregar as obras do Túnel da Abolição em fevereiro. A data oficial de conclusão das obras no entanto ficou para março. "Não estamos preocupados com inauguração. Estamos preocupados em entregar o serviço. O túnel já está atrasado, assim como as obras de mobilidade. Estamos tentando ver formas de destravar essas obras e fazer com que sejam entregues à população", afirmou.