Oposição quer realizar audiência pública na próxima semana para debater violência em Pernambuco

Silvio Costa Filho pretende convocar secretários estaduais e integrantes do Ministério Público e da OAB
Franco Benites
Publicado em 02/02/2015 às 17:46
Silvio Costa Filho pretende convocar secretários estaduais e integrantes do Ministério Público e da OAB Foto: João Bita/Divulgação Assembleia Legislativa


Líder da oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) reafirmou nesta segunda-feira a posição de não dar trégua à gestão socialista. Logo após a abertura do ano legislativo, o parlamentar destacou qual será a primeira tarefa da bancada oposicionista. "Hoje, estamos começando a definir as comissões e as presidências das comissões. A partir de hoje, as lideranças já compostas dos principais partidos que fazem a bancada de oposição e na próxima semana o nosso desejo é já fazer uma audiência pública sobre o sistema prisional e o aumento da violência no Pacto pela Vida. Queremos realizar na próxima quarta-feira e vamos chamar toda a sociedade civil organizada, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ministério Público, secretários de Ressocialização e Defesa Social", destacou.

Para Silvio Costa Filho, o governo está desorganizado no que diz respeito à área de ressocialização e condenou o decreto emergencial anunciado por Paulo Câmara na semana passada. "Historicamente, as pessoas sabem que decreto emergencial muitas vezes é para calamidades públicas como enchentes e cheias. Na hora em que foi feito o decreto, é uma demonstração que o sistema está falido", falou.

O governador também voltou a tocar no assunto e defendeu as medidas adotadas após novas rebeliões no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. "Decretamos estado de emergência. É um tema muito sério e precisamos tratar da forma como estamos tratando. Temos um conjunto de investimentos para melhorar as condições dos detentos com mais vagas e temos uma série de procedimentos que estão sendo tomados já", afirmou.

Para Paulo Câmara, a situação ainda não exige que o governo estadual peça ajuda à União para o envio de tropas a Pernambuco. "Não, ainda não. Se for necessário, não vou ter nenhum problema de chamar. Acredito que estamos tomando um conjunto de medidas que são necessárias para organização do sistema", declarou.

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