Senadores de PE votarão pela nomeação de Fachin e aprovação do ajuste fiscal

Humberto Costa, Fernando Bezerra Coelho e Douglas Cintra têm o mesmo entendimento sobre os temas
Paulo Veras
Publicado em 19/05/2015 às 6:00
Humberto Costa, Fernando Bezerra Coelho e Douglas Cintra têm o mesmo entendimento sobre os temas Foto: Fotos: Agência Senado


Em uma semana de votações decisivas no Senado Federal, a bancada pernambucana na Casa promete votar unida para aprovar a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF) e as primeiras Medidas Provisórias (MPs) do ajuste fiscal proposto pelo governo federal, que alteram as regras de concessão do seguro-desemprego e do abono salarial.

Apesar de o PSB na Câmara, liderado pelo deputado Fernando Filho, ter votado majoritariamente contra o ajuste, o pacote do Planalto terá o apoio do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). Ele diz que os senadores do partido devem aprovar as medidas da forma como elas vieram da Câmara, inclusive com a regra que altera o fator previdenciário.

Para o senador Douglas Cinta (PTB), as MPs são o caminho para que o Brasil volte a crescer. “Os ajustes feitos na Grécia, em Portugal e na Esponha, foram muito mais dolorosos para a população”, lembra.

Líder do PT, Humberto Costa diz que a votação das MPs será alvo de uma disputa política, mas a aprovação é importante para que o Brasil recupere a credibilidade da polícia econômica. O petista também se mostra confiante na nomeação de Fachin para o Supremo. Ele diz não acreditar em um movimento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para desaprovar o jurista, mas garante que a manobra não teria o poder de impedir a aprovação.

Fachin chegou a procurar individualmente os senadores de pernambuco para explicar questionamentos como ter acumulado a advocacia privada com o cargo de procurador do Paraná e ter feito campanha para Dilma em 2010. Para FBC, ele está pronto para o ser ministro.

Fachin é o oitavo nome indicado por presidentes petistas para o STF. Em abril, a Câmara passou a discutir o fim da exclusividade do Planalto na indicação de ministros para a Corte. “Temos que tirar essa questão de política do processo. Ele foi indicado por uma norma constitucional”, defende Cintra, que é contra a mudança.

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