Na Assembleia Legislativa, PSDB e DEM – opositores do governo Dilma, do ex-presidente Lula e do PT – mais o “independente” PSB saíram em defesa dos atos de domingo e com críticas às tentativas de governistas de desqualificar a participação popular. “Não teve patrocínio de partidos. Não pagamos ônibus para as pessoas irem, com o fez o PT em São Paulo. Eles (o PT) disseram até que foi um programa de domingo da família o que ocorreu ”, protestou Antônio Moraes (PSDB).
“Alegar que foi só a classe média é querer reduzir o significado dos atos. São brasileiros indignados com a situação do País”, rebateu Priscila Krause. “Classe média também é povo. É preciso unir o País a partir de uma agenda comum”, observou Raquel Lyra (PSB).
O tucano Moraes disse que as manifestações, no domingo, não atrapalharam a vida nas cidades, ao contrário do que acontecerá, segundo ele, quinta-feira (20), com os atos convocadas pelo PT, CUT e aliados do governo Dilma.
"De forma tranquila e ordeira, o povo foi para a rua demonstrar sua indignação com a inflação, o desemprego e a falta de ética na política. Governo precisa reconhecer que há uma crise", exaltou o tucano. "Mexeram (o governo e o PT) em conquistas do trabalhador, conquistas patrocinadas por esse mesmo partido. Há um bocado de gente lá em cima (Palácio do Planalto) que está perdida, não sabe o qu fazer", acrescentou Raquel Lyra.
Na defesa do governo Dilma saiu o deputado do PSOL, Edilson Silva, que ressaltou a normalidade institucional do País. "Não há uma crise institucional. Pelo contrário, em poucos momentos da história do País as instituições estiveram funcionando tão plenamente e de forma tão independente. O Ministério Público, o Judiciário, a Polícia Federal, o Congresso Nacional - mesmo com todas as críticas que se fizer - e a sociedade também, todos estão funcionando completamente", salientou Edilson.