Governo Paulo Câmara não tem previsão de realizar concursos este ano

Gestão socialista procura "readequação" financeira para equilibrar contas
Franco Benites
Publicado em 24/08/2015 às 17:37
Gestão socialista procura "readequação" financeira para equilibrar contas Foto: Divulgação/Alepe


Os concurseiros de plantão que têm interesse em trabalhar nas repartições públicas do Estado receberam uma má notícia nesta segunda-feira (24). Caso decida realizar concursos este ano, o governo Paulo Câmara (PSB) não convocará os aprovados para ingressar na administração estadual este ano. A informação foi dada pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, após reunião com o governador e outros membros do secretariado.

Dessa forma, o governo estadual coloca um "pé no freio" no concurso para as polícias civil e militar anunciado em maio passado quando foi divulgado que o Estado abriria cerca de 2.400 vagas.



“A Lei de Responsabilidade Fiscal nos veda a contratação de novos funcionários uma vez que nós estamos no limite prudencial. Temos que aguardar as próximas divulgações dos novos relatórios de receita e despesa para saber se ultrapassaremos esse limite para um limite que possamos contratar. A economia de Pernambuco está muito afetada pela crise da Petrobras, crise da Lava Jato, então a receita tem sido mais fraca do que esperávamos”, disse Márcio Stefanni, que afirmou que a situação não é um exclusividade de Pernambuco uma vez que outros dez Estados estão na mesma situação.



As más notícias se estendem a quem já integra o quadro de funcionários do governo uma vez que o secretário da Fazenda destacou que o cenário atual não permite reajuste de salários. Como ponto positivo, o auxiliar de Paulo Câmara destacou que o Estado pretende pagar a folha de servidores em dia. "Neste momento não há intenção de adiar o pagamento dos servidores", destacou.

Para tentar minimizar os efeitos da crise econômica no Estado, os secretários estaduais ficaram com a tarefa de definir cortes em suas partes - tanto nos gastos internos quanto redução de alguns serviços oferecidos. "Apresentamos ao conjunto do secretariado as medidas necessárias para que terminemos o ano. Isso, na prática, significa adequar as receitas às despesas. O Estado só pode gastar aquilo que ele arrecada", falou o secretário da Fazenda.

De acordo com Stefanni, não há previsão de demissão de comissionados, mas o quadro de terceirizados será reduzido e isso certamente também deve afetar algumas áreas do governo. "Há possibilidade de readequação dos serviços prestados à população", disse Stefanni.

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