No segundo quadrimestre, Prefeitura do Recife arrecada abaixo da inflação

Incremento no caixa municipal foi 1,87% em relação ao período de janeiro a agosto de 2014
Mariana Araújo
Publicado em 30/09/2015 às 13:23
Incremento no caixa municipal foi 1,87% em relação ao período de janeiro a agosto de 2014 Foto: Foto: Divulgação


O secretário de finanças do Recife, Ricardo Dantas, apresentou, na manhã, desta quarta-feira (30), o balanço do município. Segundo os números apresentados, a receita total da Prefeotura passou de R$ 2,733 bilhões entre janeiro e agosto de 2014 para R$ 2,884 bilhões no mesmo período de 2015, um incremento de R$ 151 milhões, diferente do que constava no Portal da Transparência nessa terça (29), que apresentava uma receita corrente de R$ 2,779 milhões.

Os números apresentados pelo secretrário mostram, ainda, um incremento na receita corrente de R$ 47 milhões em relação ao primeiro quadrimestre de 2014. Nos oito primeiros anos de 2014, foram arrecadados R$ R$ 2,535 milhões, contra R$ 2,582 milhões deste ano. O valor é apenas 1,87%, bem abaixo do aumento da inflação registrada no período, que foi de 7,06%. 

Além disso, Dantas mostrou números da arrecadação, como o ISS, que teve uma queda de R$ 503,14 milhões em 2014 para R$ 467,20 milhões este ano; do ICMS, que caiu de R$ 561,08 milhões para R$ 527,35 milhões em 2015; o IPVA, que apresentou queda de R$ 164,88 para R$ 160,42 milhões este ano; e o FPM, que caiu de R$ 295,77 milhões para R$ 293,87 milhões entre 2014 e 2015. 

A previsão de arrecadação total de 2015 era de R$ 4,121 bilhões. O montante acumulado soma 62% do valor pretendido. 

"Significa que a gente teve uma queda real na arrecadação. Corrigindo as receitas dos anos anteriores pelo IPCA, mostra que a arrecadação deste ano teve queda real", explicou Ricardo Dantas.

No primeiro quadrimestre, a arrecadação da Prefeitura também ficou abaixo da inflação. Ainda de acordo com o cenário de crescimento abaixo do reajuste mínimo deve se repetir no terceiro quadrimestre. "Muito provavelmente o terceiro quadrimestre seja na mesma linha. A gente, num curto prazo, nem no cenário político, nem no cenário econômico, que vislumbre alguma mudança no volume de uma arrecadação nos próximos meses", afirmou.

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