Raul Jungmann entra com pedido na PGR para desarquivar inquéritos de Lula no mensalão

Representação contra ex-presidente tem como base trechos da delação de Delcídio do Amaral
Da editoria de Política
Publicado em 23/03/2016 às 10:19
Representação contra ex-presidente tem como base trechos da delação de Delcídio do Amaral Foto: Foto: Câmara dos Deputados


Com uma equipe de assessoria jurídica reforçada, o vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS), vai ingressar nesta quarta-feira (23) com representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo o desarquivamento de inquéritos referentes à Ação Penal 470 para a abertura de nova investigação que resulte na denúncia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros envolvidos, no esquema do mensalão.

A representação contra o ex-presidente tem como base diversos trechos da delação do ex-líder do governo de Dilma Rousseff, senador Delcídio do Amaral, em que ele diz que o ex-presidente Lula era o autor intelectual do mensalão.

Na ação, Jungmann argumenta que Lula “buscou montar uma teia criminosa que abarcou os mais diversos serviços ilícitos, inclusive retirando seu nome e de sua família no mensalão. A capilaridade de suas ações escusas é grandiosa, mas o Estado brasileiro não mais as deve suportar”, afirmou o deputado.

O parlamentar afirma ainda que, segundo Delcídio, Lula “participou de corrupções de milhões de reais, peculato, obstrução da Justiça, tráfico de influências, lavagem de dinheiro, constituição de organização criminosa e mais outros crimes que serão desvendados” pela nova investigação que poderá ser aberta caso a PGR acate a sua representação.

A representação cita ainda afirmação feita pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, quando, no julgamento sobre o rito do impeachment, no último dia 16, chamou atenção para a delação do senador Delcídio e a revelação de que o autor intelectual de todo esse processo de corrupção era o presidente Lula.

“Talvez agora a procuradoria via o procurador-geral da República Rodrigo Janot e a procuradora Ela Wiecko venham preencher essa lacuna perante o próprio Supremo Tribunal Federal, resolvendo esse dilema do mensalão”, disse o ministro.

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