PT deve fortalecer oposição em Pernambuco

Partido promete engrossar o coro contra o seu principal adversário, o PSB
Mariana Araújo
Publicado em 15/05/2016 às 8:50
Partido promete engrossar o coro contra o seu principal adversário, o PSB Foto: Foto: Clemilson Campos/Acervo JC Imagem


O reordenamento do PT no Estado passará também pelo fortalecimento da oposição do partido ao PSB, especialmente no governo do Estado e na Prefeitura do Recife. É o que afirma o presidente do partido em Pernambuco, Bruno Ribeiro. Segundo ele, o que estimulou uma atuação mais enérgica foi a votação de parlamentares socialistas, na Câmara dos Deputados e no Senado, a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). 

“A situação foi agravada pela posição que o PSB adotou na votação na Câmara. O PSB foi o partido que fez a diferença, rompendo com sua linha histórica, contraditório com o que viveu Arraes em 64, deram os votos que definiram a aprovação do impeachment na Câmara”, disse Ribeiro. 

Ele citou o placar da votação na Câmara, onde o impeachment foi aprovado com 367 votos, 25 a mais que os 342 necessários para dar prosseguimento ao processo. “O PSB tem 33 deputados. Foi um partido que foi definidor para o início da fraude”, explicou.

Ainda de acordo com o petista, o acirramento da oposição se dará, principalmente, na avaliação dos votos do impeachment. “Vamos denunciar que o PSB, os seus deputados e seus senadores votaram para anular os 3,4 milhões de votos que Dilma recebeu em Pernambuco no segundo turno, sem haver crime de responsabilidade. Participaram com muita ênfase na ruptura e foram recompensados”, disse Ribeiro, referindo-se à nomeação do deputado federal Fernando Bezerra Filho para  o ministério de Minas e Energia. “Isso  vai custar muito á biografia do partido e dos seus membros”, acrescentou. 

Bruno Ribeiro também comentou a indicação de nomes de políticos pernambucanos para os ministérios do governo interino e reiterou que o PT fará oposição. “ Nós não reconhecemos a legitimidade de governo. Oposição é uma condição muito importante numa democracia. Se perde uma eleição, passa a fazer a crítica, a fiscalização, propõe. Nesse caso, a nossa relação com esse governo, e isso repercute em Pernambuco, é de continuidade da denúncia e da resistência da ruptura à democracia. Isso vai ser também elemento importante na campanha en 2016 no Recife e no Estado todo”, completou.

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