Governadores se reúnem com Temer para pressionar por renegociação da dívida dos Estados

Paulo Câmara confirmou presença na audiência com o presidente interino
Franco Benites
Publicado em 17/06/2016 às 23:00
Paulo Câmara confirmou presença na audiência com o presidente interino Foto: Divulgação/Alagoas


Sem agenda pública sábado e domingo, o governador Paulo Câmara (PSB) desembarca nesta segunda-feira em Brasília para uma audiência com o presidente interino Michel Temer (PMDB) e os demais gestores estaduais brasileiros. O encontro, a princípio, ocorreria na quarta-feira passada, mas preciso ser reagendado. Na reunião, o socialista e seus colegas de partidos diversos irão reforçar a necessidade da renegociação da dívida dos Estados e cobrança para que o governo federal autorize o acesso a novas operações de crédito.

A agenda de Paulo Câmara em Brasília começara cedo. Às 10h, ele se reunirá com os demais governadores para unificar as propostas que irão levar ao presidente interino. Essa reunião ocorrerá na residência oficial do governo de Brasília, em Águas Claras, e terá o governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) como anfitrião. Às 15h, os gestores seguem para uma audiência com Temer. 

Ainda na segunda, Paulo Câmara chegará a Fortaleza, no Ceará, porque na terça haverá um seminário sobre o desenvolvimento econômico do Nordeste promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Antes da convocação de Temer, os governadores nordestinos iriam se reunir em Fortaleze em mais um fórum para debater as demandas dos seus Estados. O último encontro desse tipo ocorreu em Maceió, Alagoas, no mês passado. 

No que depender do ministro do TCU, José Múcio Monteiro, o fato dos governadores do Nordeste estarem juntos em Fortaleza na terça é positivo. “Vai ser um grande encontro. A minha preocupação é não deixar que ele derive para a vala da política. Queremos fazer uma reunião de trabalho, pois os governadores precisam trabalhar unidos”, destacou.

O ministro apresentará um diagnóstico dos Estados nordestinos, mas não quer ficar focado apenas no presente e divulgará um documento intitulado Nordeste 2030. “A gente fala das dificuldades, mas alguém tem que pensar nas soluções para quando esse quadro investigativo passar, quando esse quadro de desconfiança passar. Sou entusiasta do Nordeste. A economia é maior e mais sólida do que alguns países do mundo”, apontou.

Apesar da confiança no Nordeste, o ministro, que é pernambucano, afirmou que há alguns elementos que contribuem para que a região sofra financeiramente. “Tem essa política tributária perversa que faz com que os Estados pobres fiquem pobres e os ricos continuem mais ricos. O Nordeste fica numa posição desfavorável e atua como fornecedor de mão de obra barata para um pedaço do Brasil que é produtor”, disse.

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