Para a bancada de Pernambuco, a escolha de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o novo presidente vai fazer com que a Câmara volte a trabalhar em um momento decisivo para o país, quando projetos decisivos para o governo devem ser apreciados.
“A gente elegeu uma pessoa decente e sepultou definitivamente a figura do Eduardo Cunha. Falta só enterrar o cadáver, o que deve acontecer em agosto”, afirmou Jarbas Vasconcelos (PMDB), que votou em Maia nos dois turnos.
Para o oposicionista Silvio Costa (PTdoB), que também foi de Maia, o governo saiu derrotado. “Foi uma desmoralização para o centrão. Como a maioria é fisiológica, vem troco para o Michel Temer”, explicou. “A delação premiada de Cunha vai acelerar”, emendou.
“A câmara estava sem presidente, Maranhão decidia e voltava atrás. Vamos voltar a pauta do que é de bem para o Brasil”, argumentou Daniel Coelho (PSDB), outro eleitor de Maia.
Diante do clima de intolerância entre as bancadas, a escolha do novo presidente deve trazer mais harmonia para a Câmara, acredita Danilo Cabral (PSB). “A Câmara cumpriu uma tarefa com a nova eleição, mas para ficar completo o serviço tem que cassar Cunha, que ainda tem influência dentro da Casa. A mudança no comando da Casa é o início do fim dele”, afirmou. Ele foi de Erundina no primeiro turno e Maia no segundo.
Segundo André de Paula (PSD), Rosso era um bom nome, mas pagou um preço alto por ter uma relação com Cunha. “Temer ganhou porque há um conjunto de matérias importantes que não andavam porque o presidente não tinha condições de presidir a sessão”, avaliou. Na próxima semana, ele reassume a Secretaria das Cidades.