Operação foi batizada de 'Resta Um' por mirar última empreiteira VIP do cartel

O alvo é a construtora Queiroz Galvão, suspeita de ter pago R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em 2014
Estadão Conteúdo
Publicado em 02/08/2016 às 10:31
O alvo é a construtora Queiroz Galvão, suspeita de ter pago R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em 2014 Foto: Foto: Divulgação


O nome da 33ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (2), Operação Resta Um, é uma referência ao avanço contra a última grande empreiteira do "clube VIP" do cartel que fatiava obras na Petrobras mediante o pagamento de propinas para agentes públicos e políticos.

O alvo é a construtora Queiroz Galvão, suspeita de ter pago R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em 2014. Os executivos da construtora Ildefonso Colares e Othon Zanoide foram presos nesta terça-feira.

"É uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada 'Regra do Jogo' em que empreiteiras formaram um grande cartel visando burlar as regras de contratação por parte da Petrobras, em claro prejuízo à estatal", informou a Polícia Federal.

Cerca de 150 policiais federais cumprem mandatos da 33ª fase nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. São 32 mandados expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos em primeira instância da Lava Jato, em Curitiba, sendo 23 de buscas e apreensões, duas prisões preventivas, um prisão temporária e seis conduções coercitivas.

A PF informou que o nome "Resta Um" não remete ao encerramento das investigações da Lava Jato na Petrobras. "A Lava Jato busca alcançar ainda diversos outros fatos criminosos e demais empresas e pessoas participantes de negócios ilícitos junto a estatal."

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