Candidatos à Prefeitura do Recife condenaram a agressão sofrida contra o ex-prefeito João Paulo (PT) na tarde desta quinta-feira (8), em um restaurante na Zona Sul do Recife. Em vídeos postados nas redes sociais, o petista aparece discutindo com um homem, que estava exaltado. João Paulo prestou queixa da agressão na Delegacia de Boa Viagem.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), candidato à reeleição usou seu perfil oficial no Facebook para refutar qualquer ato de violência. "Sou contra qualquer tipo de violência e presto aqui minha solidariedade ao candidato João Paulo", disse o socialista.
O tucano Daniel Coelho, que também está na corrida eleitoral, deixou uma mensagem de solidariedade a João Paulo. "Somos contra a violência. Campanha política se disputa nas ideias e propostas. É condenável a tentativa de agressão ao candidato João Paulo", disse.
O vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), candidato à reeleição pela chapa da Frente Popular, escreveu em seu perfil no Facebook uma mensagem de repúdio ao gesto e apoio a João Paulo. Luciano foi ex-prefeito de João Paulo durante dois mandatos.
"Repudio firmemente a agressão de que foi vítima o amigo João Paulo, hoje, no RioMar. Manifestação explícita de ódio fascista!"
O candidato do Psol, Edilson Silva, também se manifestou sobre a agressão, publicando um vídeo na sua página do Facebook.
O delegado Joel Venâncio, responsável pelo caso, afirmou que foi lavrado um Termo Circustanciado de Ocorrência (TCO) contra o economista. Segundo o delegado, ele pode responder pelos crimes de injúria e ameaça. “Estou solicitando as imagens do shopping e do restaurante. As que já foram apresentadas mostram uma agressão clara. Mostrei ao Bruno e ele confessou que xingou e partiu para agredir João Paulo”, disse o delegado.
Joel Venâncio deu detalhes do depoimento do economista. “Ele (Bruno) disse que tinha ódio do PT e eu até afirmei para ele que isso não é justificativa para agredir alguém. Não mostrou arrependimento em nenhum momento. Muito pelo contrário. Ficou maldizendo o Partido dos Trabalhadores o tempo todo”, relatou.
Venâncio frisou ainda que tentou achar uma solução entre os dois, sem sucesso. “Falei com João Paulo para ver se tinha a possibilidade de ter uma conciliação entre as duas partes, mas ele me disse que ficou muito chocado com a atitude violenta do homem e que iria processá-lo para inibir qualquer ação semelhante durante a campanha”, continuou o delegado.
O caso será levado ao Juizado Especial Criminal. Se for condenado, Bruno D’Carli pode pegar uma pena de até um ano de prisão. O delegado disse ainda que, no Juizado, haverá uma proposta de transação penal, porque os crimes são considerados de pequeno porte. “Pedi para certificar nos autos que o Bruno se recusou a assinar o TCO, pois se considerava uma vítima”, finalizou.