Apontada como uma opção promissora de renovação do Democratas, a deputada estadual Priscila Krause termina a campanha para a Prefeitura do Recife com o desafio de atingir um desempenho melhor que o de Mendonça Filho, que teve apenas 2,5% dos votos em 2012. De acordo com a última pesquisa do Instituto Maurício de Nassau (IPMN), a democrata tem 2,8% das intenções de voto, apesar do longo histórico de gestões do PFL no comando da cidade.
“A gente fez a campanha exatamente como a gente queria, obedecendo os princípios que eu me impus ao entrar na vida pública. E a gente não desviou em momento nenhum dessa estratégia. Eu já disse mais de uma vez que na minha vida não vou fazer um vale tudo”, afirma a candidata. “Independente de resultados ou tendências adversas que se colocaram, daquilo o que eu acho que é o respeito ao eleitor: apresentar propostas, fazer o binômio da crítica junto com a solução”, ressalta ainda.
Vários empecilhos de estrutura atrapalharam Priscila na corrida municipal. No guia eleitoral, ela tinha apenas 37 segundos. Entre os principais candidatos, foi a que teve a menor arrecadação. Os R$ 788 mil levantados pela candidata, na maior parte pagos pelo próprio DEM, representam um terço do caixa de campanha do prefeito Geraldo Julio (PSB) e do deputado federal Daniel Coelho (PSDB), por exemplo.
No time de Priscila, há outras leituras para explicar o baixo desempenho. Uma delas é a falta de debates na TV, instrumento que a candidata esperava usar para reverter votos. O único embate entre os postulantes ocorreu a três dias da votação.
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Fato é que o voto útil minou as perspectivas de Priscila. O eleitor dela, antipetista, que se mostrou promissor nas primeiras pesquisas, migrou para Geraldo na tentativa de derrotar o ex-prefeito João Paulo (PT). “A gente está tentando reverter esse processo”, admite a democrata. “No primeiro turno você vota a favor do que ele acredita, você não vota contra alguma coisa", faz questão de lembrar.