A eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa tem tudo para ocorrer em dezembro deste ano, nas últimas sessões do ano, por volta do dia 20 do próximo mês. No próximo dia 16 haverá uma reunião para definir a data da escolha dos nomes. O principal embate será entre o atual presidente, Guilherme Uchoa (PDT), e o Romário Dias (PSD), que já presidiu a Casa no governo de Jarbas Vasconcelos (PMDB). Porém, os dois podem chegar a um acordo. Romário tende a ceder a disputa para Uchoa e buscar um acordo para assumir a 1ª secretaria.
Neste caso, o embate seria com o atual 1º secretário, Diogo Moraes (PSB). Pelos corredores, comenta-se que Moraes não conseguirá vencer a nova eleição para a mesa. Há queixas de que o socialista não teria alcançado a desenvoltura que o cargo exige. As reclamações também recaem sobre sua ausência, na falta de reuniões e até mesmo que ele não atende ligações, embora também se comente que ele consegue cumprir as promessas internas.
Morais afirma que será candidato à reeleição do cargo na mesa diretora e quem o apoio do PSB e do governador Paulo Câmara. “Não vejo nenhum cenário para Romário. Não vejo nenhuma articulação. Isso é mais uma questão que não é de fato dita por ninguém na Casa. Se tem alguma coisa entre os dois, não sei se existe”, disse.
Moraes atribui, ainda, as queixas feitas em reserva a uma “intriga da oposição”. “Se for procurar 80%, 90% dos nossos pares, nós fizemos tudo aquilo que nos comprometemos em fazer. Não tem isso, é intriga da oposição que quer desmistificar. Todos os compromissos que fizemos há dois anos atrás foram cumpridos. Nós não fizemos nada além do que aquilo que tivemos ao logo do tempo da 1ª secretaria. Obviamente, alguém vai querer desmistificar, mas isso não condiz com a realidade do que a gente fez durante esse período”, rebateu.
A dobradinha Uchoa-Romário ganha força quando se especula que o pedetista não deverá disputar a reeleição de deputado estadual em 2018, transferindo o espólio político para um de seus filhos. Neste caso, Ucho encerraria sua participação na Assembleia “por cima”. Então, já se estaria articulando o retorno de Romário Dias para a presidência da Alepe em 2019. É válido lembrar que a última troca de presidentes ocorreu entre os dois. Uchoa é líder dos parlamentares há dez anos, ou seja, cinco mandatos da mesa diretora.
A bancada de oposição se reúne na segunda-feira para discutir a eleição. A tendência é que não seja lançado um candidato e garantir a manutenção dos cargos existentes na mesa, atualmente a vice-presidência, com Augusto César (PTB), e a segunda vice-presidência, ocupada por Romário Dias (PSB). A questão é que, na prática, a oposição perdeu o espaço de Romário, já que ele migrou do PTB para o PSD. Na eleição passada, em fevereiro de 2014, a tática foi a mesma. Edilson Silva (PSOL) lançou seu nome, mas só teve o próprio voto. Rodrigo Novaes (PSD) também disputou e conquistou cinco votos.