A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira (28), os detalhes da Operação Caça Fantasma que prendeu nove pessoas, incluindo o vereador de Carpina, na Zona da Mata Norte, Tota Barreto (PSB), suspeito de liderar uma associação criminosa envolvida em estelionatos, falsificação ideológica, peculato desvio e peculato apropriação. O prejuízo pode chegar a R$ 1 milhão.
As investigações começaram em abril deste ano, com o objetivo de apurar a existência de servidores “fantasmas” e empréstimos consignados fraudulentos vinculados à Câmara de Vereadores de Carpina. "Uma vítima nos porcurou em abril para informar que estava sendo cobrada indevidamente por um contrato consignado, analisamos o contrato e verificamos que havia uma portaria nomeando ela como diretora de gabinete da Câmara de Vereadores de Carpina nos anos de 2013 e 2014", explicou o delegado Diego Pinheiro
A polícia não descarta a hipótese de ter outros vereadores envolvidos no esquema. Foram identificados seis servidores fantasmas, divididos entre os que foram enganados e os que foram coniventes com os criminosos. "O vereador Tota Barreto fazia a nomeação dos servidores fantasmas, bem como, juntamente com os tesoureiros, fazia a margem de crédito. Os tesoureiros se apropriavam dos cheques dos servidores", afirmou o delegado.
#JCPolítica "Verificamos que o vereador Tota Barreto (PSB) é o cabeça da associação criminosa", disse o delegado Diego Pinheiro pic.twitter.com/3R3CUI4fTN
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 28 de novembro de 2016
Ao todo, 105 policiais cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e seis mandados de condução coercitiva nas cidades de Carpina e também em Lagoa do Carro e Lagoa de Itaenga. Entre os materiais apreendidos estão diversos documentos e computadores.
Além de Tota Barreto, os mandados de prisão temporária foram cumpridos contra a ex-tesoureira da Câmara Rubia Correia de Souza, atualmente lotada no gabinete dele, um cunhado do vereador e também ex-tesoureiro, identificado como José Wellington Galdino e outros três homens que seriam servidores fantasmas, Alexandre Jorge, Linwandeberg da Silva e Arnaldo Cavalcanti.
#JCPolítica o filho do vereador Tota Barreto, Antônio Barreto, foi levado coercitivamente. Polícia suspeita que ele abordava os investigados pic.twitter.com/BlcnICiYm3
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