Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (16), o senador Armando Monteiro (PTB) criticou a forma de atuação do governo de Pernambuco diante da situação atual da segurança pública no Estado.
"O que está faltando, o sentimento que nós temos, é uma ação mais forte do governador no sentido de coordenar, restabelecer o Pacto Pela Vida. "O que a gente nota é que o governador não fica na linha de frente [na área de segurança]".
O senador citou um dos idealizadores do programa de segurança, o professor José Luiz Ratton, ao dizer que o Pacto Pela Vida "morreu porque os investimentos necessários não foram feitos, o monitoramento não estava sendo feito como deveria". Ele também listou a desmotivação dos policiais como um dos fatores que prejudicaram a iniciativa.
Para Armando Monteiro, segurança pública "é uma área em que não pode haver relaxamento, os índices podem piorar, mas não se pode afrouxar a rédea".
O primeiro dia de vigência da portaria do governo prevendo a suspensão das férias dos policiais no Estado – para reforçar a segurança no final de ano – foi marcado pela ausência das polícias nas ruas e por um pedido de reforço no patrulhamento do Centro do Recife, feito por entidades lojistas.
Por decisão do secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, cerca de 1,6 mil policiais civis, militares e peritos que estariam de férias entre ontem e o dia 31 deste mês deveriam ter retornado aos quartéis e delegacias. Mas o que não se viu nas ruas de diversos pontos do Grande Recife durante o dia de ontem foram as forças de segurança do Estado.
Com o aumento na violência em Pernambuco, deputados da oposição vão se reunir nesta sexta-feira (16) com os secretários de Defesa Social, Angelo Giogia, e de Planejamento, Márcio Stefanni; que coordena o Pacto Pela Vida.
O encontro acontece na sede da Seplag, a partir das 10h. A oposição havia conseguido aprovar uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para tratar do problema da violência e o Pacto Pela Vida, mas abriu mão após um apelo do governo de que o encontro poderia agravar a tensão criada pelo movimento grevista dos policiais militares.